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Flávia Castro e Maria Bruna são as novas colunistas do Jornal Cidade

Flávia de Castro Silva – CRP 04/45856 Psicóloga e atende no Espaço Crescer/ Maria Bruna Mota Pereira – CRP 04/45107 Psicóloga e atende na Clínica Reabilitar e ASAP

Ansiedade: necessidade X adoecimento

Hoje, é provável que qualquer pessoa com quem se troque dois dedos de prosa relate acontecimentos do cotidiano relacionados ao sentimento de ansiedade. Perfeitamente aceitável, pois, embora muitas vezes a ansiedade seja encarada como um problema a ser combatido, tal emoção é produzida naturalmente no organismo humano diante de várias situações da vida, as quais nem sempre são negativas.

Ansiar, antes de tudo, significa esperar, desejar; diz de expectativas. Nos dicionários de língua portuguesa, é possível encontrar significados que remetam à ideia de desconforto físico e psíquico, bem como excesso de agonia e aflição, ou a demonstração de medo e receio por algo; outro sentido para a ansiedade se dá como um desejo impetuoso, intenso. Sendo assim, nem sempre a ansiedade se equipara a adoecimento. Como diferenciar então?

Em Psicopatologia, a ansiedade revela uma condição emocional de sofrimento. Ou seja, a ansiedade experimentada pelo sujeito acarreta em prejuízos emocionais intensos. Nesse sentido, cada sujeito é único, singular, não sendo possível definir uma única causa da ansiedade que seja adoecedora para todo ser humano em geral. Cada um tem seu próprio limiar de sofrimento e questões pessoais em sua história de vida que podem contribuir ou não para o desenvolvimento de estado de adoecimento.

O certo é que, se a ansiedade for experimentada como uma expectativa de algo bom que está para acontecer ou como um aviso de que algo ruim está por vir, ótimo! Todos criamos expectativas diante de um evento esperado ou necessitamos estar alertas para evitar um perigo. Mas, se esta ansiedade “natural” foge ao controle, e no lugar de indicar expectativas e anunciar uma ameaça iminente provoca petrificação e impede a realização de tarefas consideravelmente, das mais corriqueiras até as mais complexas, é preciso investigar o que está acontecendo.

Sendo assim, quando a ansiedade começar a prejudicar o cotidiano do sujeito é necessário buscar ajuda especializada. O tratamento envolve a psicoterapia, medicação (quando necessário e que deve sempre ser receitada por um médico) e a combinação dos dois tratamentos (medicação e psicoterapia). Além do tratamento, o sujeito pode buscar algumas atividades que auxiliem no alívio da ansiedade, por exemplo, práticas regulares de exercícios físicos, técnicas de respiração, práticas de relaxamento.

Como dito anteriormente, é importante medicar quando se é necessário, mas aceitar alguns sofrimentos e aprender a lidar com as frustrações do dia-a-dia auxilia também no combate à ansiedade.

Por fim, é preciso compreender que durante a vida várias adversidades vão aparecer e que, às vezes, não será fácil passar por elas sozinho. Nesse sentindo, cabe salientar que ter ansiedade é normal, mas quando esta passa a atrapalhar e interromper os planos do sujeito há de se investigar sua causa e procurar ajuda.

O tema “Ansiedade” será melhor abordado em uma roda de conversa, aberta ao público, que acontecerá dia 26 de julho, no Espaço Crescer, situado à rua Alagoas, 878 – Centro.

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