Equipe de Formiga é campeã nacional do Desafio Jovem Empreendedor 2023

Os estudantes Luis Felipe da Costa, André Victor Luiz Cândido Ribeiro e Marcus Vinícius Silvestre Carneiro, com mentoria do professor Douglas José Mendonça, disputaram com equipes de Minas Gerais e Pernambuco. Os mineiros da The Three Gamers, do Centro Universitário de Caratinga (Unec), ficaram em 2º lugar na categoria. Já a equipe pernambucana Pixacobrar, da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), conquistou a 3ª posição.

Os estudantes de Formiga desenvolveram o game Smart World, em que o jogador constrói sua própria cidade. Mas, para isso, ele precisa vivenciar uma jornada de conhecimento, viajando no tempo a partir de marcos históricos, conhecendo a origem do objeto que ele pretende construir, e aprendendo mais sobre aquele período e suas personalidades. Tudo deve ser feito em um tempo definido, porém, sem ele extrapolar o cronômetro.

O Desafio Jovem Empreendedor é um jogo virtual que simula o dia a dia de uma empresa para disseminar a cultura empreendedora e estimular o desenvolvimento de atitudes e habilidades essenciais de gestão. Os estudantes formam equipes de ensino médio/técnico, ou tecnólogo/superior, com o suporte de um professor-mentor. Ao longo das três primeiras fases, participam de diversas rodadas de decisões, acumulando pontos no ranking e avançando para as próximas fases, até chegarem à final.

As equipes vencedoras em cada categoria ganharam uma viagem para São Paulo para participar do Big Festival, o principal evento de jogos independentes da América Latina. Além disso, irão participar como speakers em um painel, no dia 29 de junho, em que poderão compartilhar a experiência de participar da competição.

Dedicação

 

O mentor da equipe The Inventors, Douglas Mendonça, comentou sobre a dedicação dos estudantes. Em 2019, eles ficaram em 4º lugar, mas não desistiram. Agora, diferente das outras edições, eles tinham um fator a mais que os incentivou: 2023 é o ano em que os jovens irão se formar e, portanto, foi a última oportunidade de inscrição como alunos do curso de Engenharia Elétrica. Para alguns, a pressão pode ser desestimulante, mas Douglas explicou que, além das orientações sobre o desenvolvimento do projeto, também trabalhou junto aos jovens um pouco dessa carga emocional.

O professor não esconde o orgulho. “Estamos muito felizes, pois é muito bom ver o esforço sendo recompensado. Meu trabalho foi de orientação, mas quem botou a mão na massa mesmo foram os alunos. Quando vi os meninos, desde o início, definindo estratégias, se organizando, sem perder os prazos, foi muito gratificante”, lembra.

A analista do Sebrae Minas Ana Caroline Pessoni diz que é muito bom ver o prêmio nas mãos dos estudantes. “É uma vitória que vai além do campo acadêmico e traz orgulho para toda a região. O resultado só reforça a importância das ações que promovem o acesso dos jovens a temas como empreendedorismo e inovação, e isso pode influenciar todo um projeto de vida”, conclui.

O desejo de participar da competição veio principalmente dos estudantes, que já demonstravam  interesse pelo empreendedorismo há algum tempo. Todos eles, em algum momento da sua jornada acadêmica, participaram do Liceu LabMaker – um laboratório do IFMG de fomento à cultura empreendedora. O Liceu, assim como o Sebrae Minas, é membro do TEIA, um movimento apartidário que reúne diversas instituições que somam esforços para estimular a inovação como fator do desenvolvimento sustentável na região.