Leitores opinam sobre a polêmica dos atestados médicos
O Jornal Cidade foi o primeiro veículo de comunicação a publicar a investigação do Ministério Público sobre a provável “indústria dos atestados médicos” em Lagoa da Prata. Postada no início da tarde do último dia 5, no site do Jornal Cidade, a notícia gerou uma grande repercussão nas redes sociais, alcançando mais de 5 mil leitores nas primeiras 24 horas. Muitas pessoas afirmaram ter conhecimento sobre a facilidade de se obter atestado médico em Lagoa da Prata.
A matéria teve dezenas de compartilhamentos no Facebook. Uma leitora publicou: “Finalmente, espero, do fundo do coração, que alguma coisa vá realmente para frente nisso”. Outra usuária disse: “Na Lagoa tem médico que vende mesmo”. Um ex-integrante do conselho municipal de saúde comentou que uma minoria de profissionais faz isso e recomendou aguardar o término das investigações.
Também pela página do Jornal Cidade no Facebook, uma outra usuária disse que “o uso abusivo de atestados médicos é tão explícito que já vi casos de professoras afastarem da classe de aula para viajar à praia sem o menor constrangimento de postar fotos em redes sociais”.
Um contador acrescentou que este é um problema enfrentado também pelos empresários, que precisam se adequar quando há uma incidência maior de atestados médicos.
Uma micro empreendedora disse que dos 50 funcionários que empregava, 10 se ausentavam do trabalho com atestados médicos. “Tivemos que pagar um médico para atestar os atestados”, desabafou.
Moradora do bairro Sol Nascente, uma leitora do Jornal Cidade na internet parabenizou o prefeito Paulo Teodoro pela coragem em fazer a denúncia. “Isso já passou da hora. Lagoa da Prata só tem a perder com tais atitudes de certos médicos”, reclamou.
Por fim, a secretária municipal de Educação, Paulene Andrade, também desabafou e lamentou o fato do excesso de atestados médicos na rede municipal de ensino. “Isso se tornou tão comum na educação que as pessoas nem se indignam mais! Começamos o semestre recebendo uma avalanche de atestados. Quem perde? O aluno! E o pior: sabemos que muitas vezes a pessoa está passeando, viajando e até posta nas redes sociais. Precisamos resgatar o respeito pela educação moralizando essas atitudes indignas de um educador”, disse Andrade.