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Questione sua percepção

Autora: Luciene Morais Batista – CRP 04-37799 Psicóloga Clínica – Especializando em Terapia Comportamental e Cognitiva pela PUC Minas Consultório: Rua Professor Jacinto Ribeiro nº 32, Centro, Lagoa da Prata – MG Fones (37) 8842-4204 e 3262- 2132 Credenciada para Atendimentos Online pelo site www.psicoharmonia.com.br

Ana resolveu comemorar seu aniversário e, justamente Júlia, sua melhor amiga, não comparece ao evento, bem como não liga para lhe oferecer qualquer explicação. Decepcionada com o ocorrido Ana não aproveita bem a própria festa. Sente raiva e pensa que o que Júlia fez foi uma prova de desconsideração e desrespeito, que ela deveria ter ido, ou pelo menos ligado para avisar. O ser humano é um interpretador nato, que busca sentido e explicações para suas experiências. No entanto, isso não significa que tais interpretações estejam sempre adequadas, sendo comum que em algumas situações sua percepção não corresponda com a realidade. Isso acontece porque apesar de, topograficamente dois comportamentos apresentarem as mesmas características, podem ter funcionalidades diferentes.

No outro dia a mãe de Júlia liga para Ana e preocupada lhe conta que a filha passou muito mal na noite anterior e precisou ser hospitalizada. Nessa hora Ana se sente culpada e entende a real motivação da ausência da amiga. Pensa que poderia ter ligado para saber o porquê ela não foi à festa, ter feito algo para tentar ajudar a amiga. No exemplo citado o comportamento em questão foi o de faltar da festa de uma amiga e não comunicar a razão da ausência. Tal comportamento pode ser executado por diferentes pessoas, ou mesmo, por uma mesma pessoa em diferentes ocasiões, apresentando a mesma topografia. Todavia, a função do comportamento de se ausentar de uma festa pode apresentar diferentes funções: devido a um acidente, porque realmente não queria ir à festa, surgimento de outro evento mais interessante ou ocorrência de quaisquer outros imprevistos que impeçam a ida à festa.

E quanto a interpretação equivocada de Ana? Para interpretar as situações as pessoas se valem da própria experiência, sendo provável que tal interpretação equivocada tenha advindo de experiências negativas de Ana relacionadas a uma real desconsideração e desrespeito das pessoas para com ela. Todavia, as pessoas também são modificadas por suas experiências, sendo provável que, após cometer o equívoco, Ana considere diferentes explicações para a ausência de uma amiga a um evento seu. Não há jeito certo e errado de pensar, todavia, ampliar as possibilidades de entendimento de uma situação, pode reduzir desgastes emocionais e favorecer para a melhora da comunicação nos relacionamentos. Por isso, não acredite na primeira ideia que vem à sua cabeça, questione sua percepção!

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