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O outro sexo | Artigo

Imagem Ilustrativa: Reprodução/Internet

A história da humanidade é marcada pela visão patriarcal de que as mulheres são seres inferiores aos homens e, portanto, deveriam ser tratadas como propriedade desses. No decorrer dos séculos, a luta pelo empoderamento feminino mostrou-se evidente, tendo seu ápice no movimento das Sufragistas na Europa, na qual as mulheres reivindicavam seus direitos ao voto. Porém, ainda no século XXI, as disseminações de ideologias misóginas contribuíram para que as mulheres fossem vítimas da desigualdade, impedindo-as de usufruírem de seus plenos direitos e, posteriormente, favorecendo o estigma do “sexo frágil”. Nesse ínterim, urge analisar o contexto para que propostas amenizem o impasse e sejam discutidas visando ao benefício da coletividade.

A predominância da dicotomia do homem versus mulher trouxe a delimitação dos papéis sociais, cabendo às mulheres a função de serem mães e cuidadoras do lar. Com o advento da vida moderna, essas tiveram sua inserção tardia no mercado de trabalho tendo, por fim, maior independência e representatividade. Contudo, percebe-se que as mulheres são vítimas da desigualdade salarial e, infelizmente, recebem menos que os homens pelo simples fato de serem do outro sexo. Um caso comentado pela mídia é a série House Of Cards, em que a atriz Robin Wright recebia um salário inferior ao ator Kevin Spacey, mesmo sua personagem tendo igual notoriedade no enredo.

Concomitantemente, a difusão do sexismo evidencia um preconceito cultural e, sucessivamente, um entrave para o pleno desenvolvimento humano. Segundo Simone Beauvoir: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. Assim, não há essência pré-definida dessa, e os comportamentos esperados pela mulher na sociedade são baseados em estereótipos impostos e não no direito de escolha própria. Se a desigualdade de gênero continuar, o futuro será funesto, a menos que propostas sejam discutidas e consideradas.

Infere-se, portanto, a partir do momento em que os indivíduos compreenderem que independentemente da cor, gênero e etnia todos devem ser respeitados e usufruírem dos mesmos direitos, a sociedade enfim terá de adequar inserindo mudanças em prol da igualdade de gênero. Destarte, é preciso que a mídia, por meio de propagandas, promova a informação e conhecimento sobre o assunto citando a importância dos movimentos sociais como o feminismo, e agindo juntamente com a Fundação Malala, para incentivar uma maior participação do público feminino na sociedade e o acesso aos plenos direitos dessas. Desse modo, haverá maior estímulo por parte das famílias em ensinarem às futuras gerações que os padrões de gêneros não são biológicos, mas sociais e, segundo Simone Beauvoir, esses logo podem ser redefinidos.

Yasmin Oliveira
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