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Lisonja

O problema com a bajulação, loa, ou simplesmente “puxação de saco” é que no primeiro momento, no instante mais oportuno, aquele em que o “puxa-saco” encontrar outro a quem, ou o qual ele constate ser mais merecedor de lisonja que você, ele, o “baba-ovo” descartará você, o jogará fora, sem o menor remorso ou constrangimento. A este tipo corporativo, pouco profissional, amador mesmo, rasteiro, é comum o expediente nefasto, raso, de descartar as pessoas, tão logo tenha alcançado seu objetivo ou tão logo outro tenha atingido – aos seus míopes olhos o patamar de pessoa digna de adulação.

Esta postura é a marca dos incompetentes. Gente que depende da aprovação e do favor daqueles aos quais embandeiram. Estes espécimes estão sempre de olho naqueles aos quais deverão dirigir seus favores vazios de autenticidade. E estão sempre descartando alguma pessoa para passar a endeusar outra. Eles estão em quase todo o tipo de negócio humano, buscam os holofotes, embora usem de seus inferiores artifícios para mobilizar seus superiores e assim concluir seus abjetos objetivos.

A sabedoria ensina que não devemos temer aqueles que nos criticam, que nos atacam, mas sim aqueles que nos dirigem sua lisonja. O autêntico líder deve estar atento aos ardis dos bajuladores, senão acabará entregue à conduta com a qual se identificou, legitimando-a, e se revelará tão medíocre quanto o próprio bajulador. Quem se presta à bajulação carece de ser exaltado e se reconhece e se conforma em ser tão inferior quanto aquele a que a ela se dedica.

No fim das contas é o ego que arrasta ambos a um dos mais baixos níveis da convivência humana, o da humana e recíproca dependência. Por tudo isso todos sabem ou deveriam saber, ambos se merecem!


Raimundo Nato de Castro (“Natinho”) é natural de S. A. do Monte e servidor público municipal. É formado em administração e amante da boa literatura. Escreve crônicas, contos e poesias.

 

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