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Projeto quer restringir uso de fogos de artifício

Apesar da proibição dos artefatos, eventos esportivos poderão usar os fogos das 7h às 22h.

Proposta de vereador permite queima de artefato apenas em jogos, de 7h às 22h

Um Projeto de Lei (PL) em tramitação na Câmara Municipal de Belo Horizonte pretende restringir o uso de fogos de artifício na capital mineira. A proposta, antes mesmo de aprovada, já é considerada um problema pelas empresas de fabricação de artefatos pirotécnicos de Minas, que fazem parte do maior polo do segmento na América Latina e do segundo no mundo, atrás apenas da China. Fabricantes acreditam que o PL pode reduzir a venda dos artigos, que já teria sofrido uma queda de 40% em virtude da crise financeira vivida pelo país.

O Projeto de Lei 1.903/2016 é de autoria do vereador Sérgio Fernando (PV). Apesar de determinar “proibição do manuseio, utilização, queima e soltura de fogos de artifício em Belo Horizonte”, na prática a legislação apenas restringe o uso dos artefatos. Isso porque o texto libera a utilização dos foguetes em eventos esportivos, de 7h às 22h.

Fernando explica que o PL foi elaborado após reuniões com a Comissão de Direitos dos Animais da Câmara. O estresse provocado nos cães foi uma das justificativas. Outro argumento é que os foguetes podem causar danos à saúde humana, como problemas de audição. “As pessoas não têm conhecimento dos malefícios dos foguetes para a saúde animal e humana, além do próprio incômodo que o barulho provoca, principalmente a idosos e crianças”, justificou o vereador.

Impacto. Mesmo limitando-se à capital, a proposta pode impactar a produção e o comércio de fogos de artifício em Minas. O Estado tem sete cidades que vivem quase que exclusivamente da fabricação do artefato, entre elas Santo Antônio do Monte, com 40 fábricas. Todos os municípios estão na região Centro-Oeste.

Segundo o Sindicato das Indústrias de Explosivos no Estado de Minas (Sindiemg), todo o polo industrial gera 10 mil empregos diretos e indiretos, além de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) das cidades. “Estamos num momento de crise econômica. Um projeto desse, ainda que em BH, pode desencadear outros, que vão afetar toda a indústria”, disse Américo Silva, gerente do sindicato. A entidade pode adotar medidas judiciais caso a proposta seja aprovada. Segundo o texto, a fiscalização ficará a cargo da prefeitura.

Tramitação

Andamento. O PL já foi aprovado pelas comissões de Legislação e Justiça, de Direitos Humanos e do Consumidor. O texto ainda passará por outras duas comissões até chegar ao plenário.

 Por: O Tempo
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