Operação contou com participação da Polícia Militar, Civil e Exército. Segundo delegado, carga está avaliada em cerca de R$ 3 milhões.
FONTE: Thulio Oliveira/Nayara de Paula do G1 Centro-Oeste de Minas
Vários galpões carregados com centenas de caixas fogos de artifício foram flagrados, nesta quarta-feira (4) em Santo Antônio do Monte, durante ação das polícias Militar e Civil juntamente com o Exércio Brasileiro. Segundo a polícia, o local que estava abandonado há cerca de 15 anos não tem cadastro nem estrutura para abrigar os materiais. Ninguém foi preso.
Conforme o delegado da Polícia Civil, Lucélio Silva, os agentes encontraram o material em galpões na Rua Teodorico Batista dos Santos, no Bairro Dom Bosco. Ainda segundo Lucélio, a estimativa é que a carga esteja avaliada em mais de R$ 3 milhões.
“Estávamos cumprindo diligências e tínhamos informações sobre este material. Então fizemos busca no galpão e encontramos toda esta carga de fogos. Ao todo são oito galpões totalmente carregados com fogos e, por alto, estão avaliados em R$ 3 milhões. Mas ainda não temos um laudo preciso para confirmar este valor. Vamos investigar e continuar com o inquérito para encontrar o proprietário deste material”, disse.
Ainda conforme informações do delegado, nem o Exército e Polícia Civil tinham registro de toda a carga. Ele também afirma que o local não tem cadastro, nem infraestrutura e deveria estar vazio. O material foi apreendido e a Polícia Civil irá investigar o caso. O dono dos galpões será chamado na delegacia para prestar depoimento. Nenhum suspeito foi identificado.
“O material está apreendido e vamos investigar, saber se vai ter dono ou nota fiscal. Hoje [quarta-feira] o proprietário da terra será intimado a prestar depoimento e explicar porque este material estava em uma propriedade de posse dele. Se ninguém provar a posse dos fogos, vai ficar à critério do juiz da comarca sobre qual o destino da carga”, explicou.
Risco de explosão
De acordo com o Posto de Fiscalização do Exército em Santo Antônio do Monte, a identificação dos galpões começou nesta terça-feira (3). Os militares do órgão foram chamados para auxiliar a Polícia Civil na identificação dos explosivos e avaliar o potencial risco de explosão. “Como é um risco mínimo, os galpões foram lacrados pelo Corpo de Bombeiros e os foguetes continuarão armazenados neles por tempo ainda indeterminado, até que a Polícia Civil descubra quem é o dono da carga e se existem outras questões além do armazenamento irregular”, informou.
A equipe do Exército que atua na cidade também deverá questinoar a empresa fabricante dos fogos sobre os produtos encontrados nos galpões. O objetivo é saber se a carga havia sido furtada, roubada ou mesmo vendida a alguém que, depois, armazenado nos galpões de forma irregular. “Depois que a Polícia Civil identificar os possíveis responsáveis, certamente caberá à Promotoria de Justiça definir a destinação dos fogos de artifício encontrados”, concluiu.