Médico fala sobre doenças respiratórias e cuidados diários
Frio batendo na porta e as doenças respiratórias chegando juntos. Segundo o médico, alguns cuidados podem ser tomados para evitar problemas maiores.
A temporada das doenças respiratórias está chegando e, com ela, o medo das consequências que muitas podem trazer, além do tratamento adequado. Mas, afinal, você sabe a diferença, por exemplo, entre síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG)?
O Jornal Cidade conversou com o médico Túlio Azevedo para entender melhor sobre essas doenças.
Segundo o médico, é de extrema importância que seja feita uma avaliação profissional. “Às vezes dependemos de exames laboratoriais mais específicos; e de imagem também. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) abrange casos de síndrome gripal (SG) que evoluem com comprometimento da função respiratória que, na maioria dos casos, leva o paciente ao hospital, sem outra causa específica. As causas podem ser vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da Influenza do tipo A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-COV-2, bactérias, fungos e outros agentes”, explicou.
Ele ressaltou o que diferencia as doenças:
Síndrome Gripal (SG) – podemos caracterizar alguns sinais como febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, e distúrbios no olfato e paladar.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – a pessoa apresenta todos os sintomas acima, porém intensificados e acrescidos de outros como dispneia/ desconforto respiratório ou pressão ou dor persistente no tórax ou saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente OU coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto.
Bronquiolite
Outra doença bastante falada e que gera muitas dúvidas nos pais é a bronquiolite, que é uma infecção dos bronquíolos dos bebês causada por vírus. Adultos e crianças maiores contraem bronquite; os bebês, bronquiolite. Devido aparelho respiratório não estar totalmente desenvolvido, bebês prematuros e menores de um ano correm risco maior de contrair a doença.
De acordo com Túlio, alguns sintomas caracterizam a doença como a respiração rápida com exalações forçadas e longas; febre frequente; chiado no peito e tosse.
“As crianças, em especial, os bebês necessitam de muitos cuidados. Então, precisamos evitar a presença de fumantes perto delas; ajudar o bebê a ingerir bastante líquido e descansar; e busque um profissional para acompanhar o tratamento da criança, isso é fundamental para evitar consequências maiores”.
Além dessas doenças podemos citar também a rinite, sinusite, asma e bronquite. Todas elas, segundo Azevedo, devem ser acompanhadas por um profissional para que o paciente tenha mais qualidade de vida e saiba os cuidados necessários para evitar as ditas “crises”. Mas ele ressalta alguns cuidados rotineiros que podem ajudar; confira:
- Beba muito líquido, especialmente, água;
- De preferência, não fume, não se exponha a pó, fumaça;
- Mantenha os locais em que estiver bem arejados;
- Evite contato com pessoas resfriadas e gripadas;
- Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo;
- Lençóis, edredons e roupas devem ser expostos ao sol e lavados sempre que necessário (As pessoas que já possuem problemas respiratórios como bronquite, asma e sinusite devem evitar o contato com bichos de pelúcia, tapetes e produtos que possuem pêlos);
- A alimentação deve ser balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.