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Suspeita de matar enteado de 4 anos é indiciada por homicídio qualificado em Pains

Polícia Civil finalizou a investigação e enviou o relatório à Justiça. O incidente aconteceu em 24 de julho, e a madrasta, que está sob custódia, refuta sua participação no crime.

A Polícia Civil indiciou uma mulher de 34 anos, presa sob suspeita de ter causado a morte do seu enteado de apenas quatro anos, no último 24 de julho. Ela foi enquadrada por homicídio qualificado, apesar de negar qualquer envolvimento no crime.

O inquérito foi encaminhado à Justiça na sexta-feira passada (4), para análise e as medidas legais cabíveis. As informações sobre a investigação foram divulgadas em uma coletiva de imprensa realizada neste quarta-feira (9), em Formiga, revelando detalhes do caso.

Suspeita por funcionários do Hospital Municipal 

O médico legista Marcelo Moura, que conduziu o exame necroscópico, identificou indícios de desnutrição e maus-tratos na vítima. O caso foi aberto quando funcionários do Hospital Municipal acionaram as autoridades, relatando que o menino chegou à unidade sem sinais vitais, apresentando ferimentos em várias partes do corpo.

A suspeita, que é também madrasta da criança, alegou no hospital que a criança teve episódios de vômito e diarreia durante a madrugada. Segundo ela, o menino subitamente caiu no chão pela manhã, após o pai sair para trabalhar. A mulher afirmou ter chamado o SAMU, mas terceiros levaram a criança ao hospital antes da chegada da ambulância.

Relação do casal era tumultuada

O pai, por sua vez, revelou que a relação do casal era tumultuada, com histórico de consumo de substâncias entorpecentes. Ele também disse que a criança não foi alimentada nas 24 horas anteriores aos acontecimentos, pois a suspeita não permitiu, alegando que o menino estava com diarreia. O pai saiu para trabalhar após se despedir do filho, que estava dormindo, e foi acionado no hospital quando soube da morte do menino.

A Polícia Civil informou que já havia suspeitas anteriores de maus-tratos em relação à criança, que estava sob monitoramento de órgãos de proteção devido a relatórios feitos pela escola onde estudava.

Alteração da cena do crime

A perícia conduzida por Alisson Barbosa encontrou sinais de alteração no local do crime. Observou-se que o piso na área onde estava o berço da criança estava úmido, sugerindo limpeza recente apenas nessa região. Exames de detecção de vestígios de sangue (luminol) confirmaram a suspeita, revelando traços sanguíneos em locais previamente lavados, como o berço, a parede próxima ao móvel, o colchão, a calça que a madrasta vestia no dia dos fatos e até mesmo um edredom com manchas de sangue encontrado dentro de uma máquina de lavar.

“As investigações apontam para agressões à criança naquela manhã, resultando em seu falecimento. Considerando que a suspeita estava sozinha com o enteado no momento dos fatos, concluímos que ela foi responsável por ações que resultaram no óbito”, informou o delegado responsável pelo inquérito policial, Patrick Carvalho.

 

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