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Pediatra fala sobre cuidados com crianças e adolescentes durante uma pandemia

Neste período, os pais devem estar atentos à saúde física e mental dos filhos e, algumas orientações médicas são importantes para ajudá-los.

Karine Pires e Rhaiane Carvalho

A pandemia mundial da Covid-19 completou 5 meses no Brasil. Lavar as mãos, usar máscara, álcool em gel tem feito parte da rotina de milhares de pessoas, mas, em contrapartida, há aqueles grupos que não se preocupam. Pensando nisso, o Jornal Cidade preparou uma reportagem especial com o pediatra e hebiatra Macmiller Silva Costa para ajudar os pais e esclarecer dúvidas sobre os cuidados neste período. Macmiller  é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Pediatria, Pós-Graduado em Homeopatia pelo Instituto Mineiro de Homeopatia e Pós-Graduado em Saúde dos Adolescentes pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Leia a entrevista abaixo:

Quais são os cuidados que os pais devem orientar seus filhos a terem regularmente?

 Macmiller : Nunca é demais reforçar. Crianças e adolescentes devem permanecer no domicílio e saindo de casa apenas quando necessário. Nesse caso, devem evitar aglomerações e o distanciamento mínimo de 1,5 m entre os demais e evitar tocar em superfícies. Usem sempre a máscara e lavem as mãos ou use álcool gel caso seja necessário tocar em algo.

Além de evitar sair por motivos desnecessários, a alimentação também precisa de atenção, o pediatra ressalta que alimentos ricos em vitamina A e C são importantíssimos para fortalecer o sistema imunológico de crianças e adolescentes, incluindo a hidratação.

Vitamina C: laranja, limão, acerola, goiaba, caju, kiwi, morango, melancia, salsinha, pimentão vermelho e batata-doce; Vitamina A: Suas principais fontes são: bife de fígado, cenoura, batata-doce e frutas de coloração amarelo-alaranjada, como manga, mamão e caqui; é preciso uma alimentação equilibrada com proteínas, carboidratos, gorduras e sais minerais; água. A hidratação é fundamental para o funcionamento do corpo, sendo vital para as células do sistema imunológico. 

 Macmiller também destaca que é preciso atenção ao consumo de carnes, pois segundo ele, o vírus consegue ser inativado a altas temperaturas, ou seja, o cozimento em torno de 70ºC é capaz de matá-lo completamente. Por isso, a OMS recomenda que o consumo de carnes cruas ou mal processadas seja evitado, especialmente quando não conhecemos a procedência e como foram manuseadas. 

Como fica o psicológico?

Além da alimentação e do distanciamento social, um fator importante neste período é a saúde psicológica das crianças. O pediatra destaca que a ansiedade e fobias são algumas mudanças psicossomáticas que pode acometer algumas crianças em decorrência do isolamento social e pela quantidade de informações sobre a pandemia recebidas constantemente. Desta forma, os pais têm o papel fundamental na proteção das crianças, e devem se atentar na maneira que estão orientando os filhos.

Os pais têm papel fundamental na proteção e conforto para amenizar o pânico. Crianças menores devem ser orientadas quando há necessidade do uso da máscara. Devemos usar termos de mais fácil compreensão como “usar o paninho no rosto” (orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria). Explicar as dúvidas numa linguagem compreensível, da necessidade da higiene num contexto geral e não apenas associado à pandemia, e evitar de que tenham contato com informações trágicas e desnecessárias na TV principalmente.

Outras orientações importantes

Macmiller explica que as máscaras não são recomendadas em crianças com menos de dois anos, pois nessa idade as vias aéreas são menores, dificultando a respiração e provocando um possível sufocamento devido a maior produção de saliva.

Neste período também, muitas crianças desejam brincar com os amigos da escola, algo difícil que também pode provocar o estresse para alguns pais que têm que lidar com diversas questões relacionadas ao trabalho e também à vida pessoal, como a situação financeira e de saúde de toda a família. No entanto, é preciso buscar alternativas para driblar este desejo dos filhos por conta do contato físico e o risco de contaminação.

As brincadeiras de contato devem ser evitadas. Ao ar livre como em parques não será necessário o uso da máscara desde que haja um distanciamento de 1,5 m a 2 m.

Mas é indicado o uso para crianças acima de dois anos, adolescentes e adultos. Por isso é importante continuar seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar aglomerações, o uso de máscaras e também realizar a higienização das mãos corretamente.

 

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