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Anônimos ameaçam Biosev a queimar canavial: ‘Por favor jogar água. Se não vai fogo’

Além desta placa, outro ato criminoso foi identificado nesta quinta-feira (29).

Placa foi colocada em área próxima aos canaviais. (Foto: Biosev/Divulgação).

Reportagem por Laiana Modesto

 

Colaboradores da Biosev em Lagoa da Prata fotografaram nesta semana uma placa colocada no canavial com ameaças a unidade, informando que haveria queimadas na região, caso a usina não jogasse água nas estradas rurais.

Nesta quinta-feira (29) outro ato criminoso foi localizado. Dessa vez, funcionários da usina fotografaram uma área devastada por queimadas, próximo ao trevo que dá entrada ao município de Japaraíba e a comunidade Capoeirão, onde está exposto um outdoor da campanha de prevenção de incêndios da Biosev.

Estes atos tornam ainda mais difícil o trabalho de conscientização da empresa, que atualmente é forte aliada no combate de incêndios de Lagoa da Prata e região.

Campanhas contra incêndios

Hoje, a Biosev é muito atuante contra os incêndios em Lagoa da Prata, 20% da equipe é treinada para combater estes atos. Inclusive, a brigada de incêndios da unidade é também uma forte aliada no combate de fogo dentro da cidade, seja em lotes vagos, quintais e em propriedades privadas rurais. Em agosto a empresa lançou a campanha “Gestão de prevenção de incêndios” informando sobre os trabalhos que desenvolve para prevenir e combater este crime e chama a atenção para que a população denuncie. A campanha está ocorrendo em todas as mídias dos municípios que faz parte e também dentro da unidade.

“As queimadas para a Biosev, além de prejudicar significantemente o meio ambiente e a saúde dos moradores, são também prejuízo para a empresa. Portanto, realizamos diversos trabalhos para prevenir este ato criminoso, como é realizado o Progea junto com a Polícia Ambiental nas escolas, e além disso, nossa equipe é treinada e conhece os métodos mais eficazes para combater incêndios. Mas precisamos da ajuda de toda a população para denunciar e de uma vez por todas declarar a estes criminosos, que eles são nossos inimigos”, informou Rafael Silveira, gerente agrícola da Biosev.

Queimada também foi identificada em área que está exposto outdoor da campanha da Biosev, contra incêndios. (Foto: Biosev/Divulgação).

Dados preocupam

Em coletiva de imprensa, a Biosev informou que este ano a situação é preocupante, principalmente por estarmos há um longo período sem chuvas e ainda, estarmos em um período de seca. Somente no primeiro semestre foram queimados 1423,66 hectares, quase o mesmo número queimado no ano todo de 2018, que foi de 1465,14 hectares.

Crime Ambiental

Provocar incêndio em mata ou floresta é crime ambiental definido no artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais, com previsão de pena de reclusão de dois a quatro anos, assim como causar incêndio expondo a vida, integridade física ou patrimônio de outro a perigo sujeita o infrator à reclusão de três a seis anos

A penalidade para quem coloca fogo de modo indiscriminado é grave. Além da possibilidade de responder a processos criminais, o criminoso pode sofrer multa administrativa de R$ 1 mil por hectare, bem como ser chamado a reparar os danos causados, e aí se incluem danos morais em prol da coletividade, que fica tolhida de fruir do patrimônio ecológico degradado.

Leia também: Efeitos das queimadas em Lagoa da Prata já causam danos à saúde da população, diz enfermeira

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