A história de Márcio Alaor, santo-antoniense que cresceu engraxate e se tornou vice-presidente de banco, foi tema do samba-enredo da Escola Mirim “Ainda Existem Crianças”, da comunidade de Vila Kennedy. O desfile aconteceu na última terça-feira (21), no sambódromo da Marquês de Sapucaí, durante o Carnaval de 2023.
Com o enredo “O Menino e o Horizonte”, alegorias, fantasias e adereços representavam trechos da vida de Márcio, contados a partir da composição da musicista de Santo Antônio do Monte, Arlene Tavares.
“Ver as passagens da minha trajetória materializadas ali me causaram um misto de alegria, orgulho, nostalgia e, principalmente, amor! Amor porque foi o sentimento que sempre empreguei à frente de tudo o que fiz e, naquele momento, eu pude observar essa representação sendo reconhecida e devolvida a mim”, comentou Márcio.
O executivo agradeceu aos artistas e artesãos da escola que, em suas palavras, e conforme as fotografias mostram, fizeram um belo trabalho.
“Do presidente da escola, a Turquinha, ao amigo Américo, passando pela prima Arlene Tavares e os intérpretes Mestre Cadinho Caramujo e Rodrigo Tonico e também ao Padre Antônio e Padre Wagner, meu maior e profundo respeito e gratidão (…). Por fim e, principalmente, muito obrigado a todas as crianças da Vila Kennedy, que agora também fazem parte da história d’O Menino, que foi buscar o Horizonte”, ressaltou o homenageado em suas redes sociais.
De engraxate a vice-presidente do BMG
Márcio Alaor começou a trabalhar como engraxate aos 8 anos de idade. Aos 16 anos, mudou-se Belo Horizonte com a intenção de estudar e realizar o seu sonho, que até ali, era de ser dentista.
Chegando na cidade, viu um anúncio de uma vaga para office boy no banco BMG. Fez a entrevista e conseguiu o emprego. Seu profissionalismo e dedicação fizeram com que o rapaz progredisse rapidamente na empresa, conquistando em 1991 a posição de vice-presidente.