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“Precisamos aprender a acolher pais que perdem seus filhos na gestação ou logo após o nascimento”, afirma psicóloga.

Infelizmente, isso é muito comum. Mas o que precisa, de fato, mudar é o acolhimento das pessoas para com esses pais.

Quem já perdeu ou conhece alguma família que perdeu um bebê, seja ainda no ventre ou logo após o nascimento, sabe o quanto o processo é sofrido para os pais. Infelizmente, isso é muito comum. Mas o que precisa, de fato, mudar é o acolhimento das pessoas para com esses pais.

O mês de outubro foi o mês de conscientização e sensibilização das perdas gestacionais, neonatais e infantis. Assunto ainda muito delicado e ainda considerado muito tabu por ser de difícil entendimento pela sociedade em geral.

“Falar de perdas gestacionais e neonatais (depois que o bebê nasce), falar de morte em um contexto que se espera a vida causa incômodo em muitas pessoas. Mas é um assunto importante a ser abordado, pois as estatísticas mostram que para cada dez gestações, duas vão evoluir para perdas”, explica a psicóloga Janaína Gonçalves.

Ela ainda acrescentou que a mulher que passa por uma perda sente uma dor silenciosa que dói no corpo e na alma, mas pouco reconhecida e pouco falada.

“Por falta de espaço para fala, muitas mulheres não se sentem à vontade em falar que seu bebê morreu. Por falta de conhecimento e por não saber o que dizer, a sociedade em geral não valida a existência desse bebê, dizendo que sempre que ela vai engravidar de novo, dentre outras frases que de forma indireta desconsideram sua existência”.

Janaína Gonçalves é
psicóloga Perinatal
Tentantes, Gestação, Puerpério e Luto Materno. Instagram: @ janainagoncalvespsicologa
(31) 9 93334932

Reconhecer a existência desse bebê como parte da família é uma das formas de ajudar esse casal, reforçando e dizendo que independente do tempo da gestação esse amor sempre vai continuar.

“Reconhecer que nada que for dito vai tirar essa dor mas que está ali ao lado para o que precisar. O acolhimento muitas vezes pode vir através do respeito ao tempo da mulher e casal, ao invés de começar com inúmeros palpites e frases que desconsidere a existência desse bebê”.

Janaína também falou sobre a importância da validação do luto do pai.

“Outro lado muito silenciado é o luto do pai, poucas pessoas perguntam para o pai como ele está. O homem tende a vivenciar seu luto de forma silenciosa, muitas vezes lhe é dado o papel de cuidar da mãe enlutada, de outros filhos ou de questões burocráticas e práticas. Muitas vezes ele não tem tempo de pausa, para viver a tristeza da perda de seu bebê”, enfatiza.

No geral, aproximadamente 20% das mulheres que passam por perdas buscam ajuda psicológica.

“Esse espaço de escuta e acolhimento torna-se muito importante como uma grande ajuda neste processo de readaptação, onde pode-se trabalhar as angústias, ansiedades e medos que possam surgir após uma perda. Trazer visibilidade ao tema é importante para pensarmos em melhores práticas de acolhimento à essas famílias, pelos profissionais e por toda a sociedade”, disse.

 

 

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