Dos 45 passageiros que estavam no ônibus de turismo que deixou nove mortos no início da noite deste domingo (18/05) , após cair de uma ribanceira de 15 metros de altura na BR-262 , em Luz, 26 tiveram alta. Eles estavam em hospitais da região. As outras 19 vítimas continuam em observação.
No Hospital Senhora Aparecida em Luz, dos 31 passageiros que foram para o local, três continuam internados, 25 tiveram alta e três foram transferidos para Belo Horizonte. O hospital não quis informar por telefone a idade e o sexo dos pacientes que continuam em observação e para qual hospital foi feita a transferência.
Na Santa Casa em Bom Despacho, 11 das 14 pessoas levadas até a unidade continuam internadas no local. Uma vítima teve alta, uma foi levada para o Hospital Santa Mônica em Divinópolis e uma foi transferida para o Hospital João XXIII. Como o hospital não informou o sexo e a idade dos passageiros, o G1 não conseguiu pegar o estado de saúde dos transferidos.
Acidente durante volta para casa
O veículo seguia de Caldas Novas (GO) para Belo Horizonte quando o motorista perdeu o controle da direção, por volta das 18h, e capotou. Na ocaisão havia 54 pessoas no veículo. Com o apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), todos os feridos foram encaminhados para hospitais da região. O trânsito no local chegou a ficar interditado nos dois lados da pista por cerca de cinco horas.
Vítimas
O marido de Helena Maria de Amorim faria 63 anos nessa terça-feira (20). Ele foi uma das vítimas fatais do acidente. “Todos os anos os filhos e netos se reuniam para comemorar o aniversário dele e esse ano não teremos mais isso”, disse emocionada.
[pull_quote_left]Todos os anos os filhos e netos se reuniam para comemorar o aniversário dele e esse ano não teremos mais isso[/pull_quote_left]
Os sogros do comerciante Cláudio Lacerda também estavam no ônibus. “Eu havia até preparado o jantar para recebê-los quando chegou a notícia do acidente. Eram muitas as informações desencontradas”, recordou.
As cenas de terror também estão na memória da aposentada Helena Maria de Amorim. “Chovia fininho e de repente eu senti o ônibus virando e eu ficando presa às ferragens. Foi terrível”, contou.
[pull_quote_right]Chovia fininho e de repente eu senti o ônibus virando e eu ficando presa às ferragens. Foi terrível[/pull_quote_right]
Representantes da empresa Transjapa, responsável pelo ônibus, estiveram no local e apresentaram para a polícia toda a documentação do veículo, que está em dia e apto a fazer excursões.
Na manhã desta segunda-feira (19), o advogado da empresa Jader Gomes informou que todo auxílio necessário às vítimas está sendo prestado.
“Já disponibilizamos serviço funerário, transporte para aqueles que tiveram condições de retornar para Belo Horizonte, hotelaria para parentes de feridos e qualquer outro apoio daremos mesmo após a perícia. Entendemos que foi uma fatalidade e sobre o uso do cinto de segurança, a empresa disponibiliza o item e estimula o uso, mas não há como sabermos se os passageiros estavam usando. Isso será apontado na perícia”, afirmou.
Fonte: G1