fbpx
jc1140x200

Explorando a biodiversidade do Cerrado: Conheça a jornada do lagopratense Bobby Teófilo

Entre cavernas e matas, Bobby compartilha as belezas desconhecidas da região Centro-Oeste de Minas; ao Jornal Cidade, ele comentou sobre como nasceu sua paixão pela natureza e a sobre a importância de preservar o meio ambiente.

João Alves 


O Cerrado é um dos biomas mais ricos e biodiversos do Brasil. É considerada a savana mais extensa da América do Sul – e caso você tenha imaginado a savana africana como exemplo, saiba que não está errado. A savana e o cerrado são áreas semelhantes. Para além das características biológicas e geográficas, um outro fenômeno associa esses dois lugares separados por um oceano: o fascínio pelo desdobramento (e por desdobramento, me refiro à exploração científica, e não à exploração econômica, ainda que essa seja infelizmente bastante comum em ambas).

Bobby Teófilo é um desses exploradores. Lagopratense, tem como hobby acampar, explorar cavernas, e se conectar com a natureza dos arredores de Lagoa da Prata e de tantas outras cidades.

De acordo com Bobby, seu interesse surgiu ainda quando criança.

“Por ter morado na roça, juntava os primos e sempre íamos para o mato à procura de frutas do cerrado, e quando fui ficando mais velho surgiu a curiosidade em saber o que poderia ser encontrado nas matas, como casas abandonadas, quais tipos de animais entre outras coisas”, explica.

Hoje, adulto, ele tem preferência por região de matas mais fechadas e várzeas, além do carste, por causa das cavernas.

Em seu Instagram, com determinada frequência, viralizam fotos de cobras, como sucuris, que chamam a atenção da população lagopratense. Perguntado sobre como ele consegue tirar essas fotos, se chega muito perto ou não, e principalmente se tem medo, ele responde:

“Na verdade não chego tão perto das Sucuris, fico à uma distância segura, já me aproximei bastante, bem perto, porém utilizo um bastão com uma câmera que dá a sensação de que estou muito perto, pode não parecer, mas sou medroso”.

Segundo ele, um dos motivos pelos quais nesta região é comum encontrar se deve ao fato de ser uma região pantanosa, “tanto que Lagoa da Prata se chamava São Carlos do Pântano, e animais como a sucuri vivem exatamente neste tipo de lugar, onde tem água e muito alimento, e se por um acaso encontrar com alguma não se assuste , é só ficar parado que ela vai se afastar, na verdade ela não quer contato com o ser humano, não estamos no cardápio dela”, brinca o explorador.

Bobby também é um entusiasta de cavernas. Conforme dito ao Jornal Cidade, ele cursa Ciência Biológicas e é membro do EPA (Espeleogrupo Pains). Espeleologia é a ciência que estuda se dedica ao estudo das cavidades naturais subterrâneas, ou seja, às cavernas.

 

“Na nossa região tem fragmentos de matas onde se encontra um tipo de relevo que se chama carste, e estas áreas são propícias para formação de cavernas e grutas, e aqui em Lagoa da Prata temos algumas que se formaram com o passar do tempo, algumas onde a entrada quase não passa uma pessoa e depois chega a ter mais de 12 metro de altura, inclusive temos um abrigo natural com dezenas de pinturas rupestres onde homens e mulheres por aqui passaram e deixaram registrados estas artes nas paredes e tetos do abrigo, pelas características dos desenhos estudiosos datam que podem ter 4 mil e oito mil anos”.

Ele acrescenta que as cavernas são áreas sensíveis a atividades humanas, porque é um ambiente com muita vida:

“vários animais vivem e dependem delas, como morcegos que utilizam as cavernas para abrigo, reprodução e alimentação, outros que já vivem tanto dentro quanto fora como alguns insetos e moluscos, e outros que vivem completamente na escuridão como alguns peixes, crustáceos e aracnídeos”.

Bobby finaliza lembrando que sobre a importância da preservação dessas cavernas. “E como deve ser, temos a obrigação de manter estes lugares o mais protegido possível”, finaliza

 

 

jc1140x200
Abrir o WhatsApp
Como podemos ajudar?
Olá, como podemos ajudar?