fbpx
jc1140x200

ASAP promove Seminário Autismo e Possibilidades

Assuntos importantes foram abordados para os pais de autistas, educadores e profissionais da saúde

A Associação Autismo e Possibilidades – Asap, de Lagoa da Prata, promoveu um seminário no último dia 6 de abril, mês que comemora o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Esta foi a 3ª edição do encontro, que aconteceu no recinto de festas da Paróquia São Sebastião, com a participação de cerca de 200 pessoas.

O evento teve como palestrante Maurício Moreira, que é educador social, conselheiro do Direito à Saúde e conselheiro das Pessoas com Deficiência em Belo Horizonte. Também esteve presente Érica Pontes, psicóloga clínica, psicanalista, musicoterapeuta, arterapeuta, psicomotricista relacional, contadora de histórias, formadora educacional e escritora, que apresentou com o tema “A outra face da lua”; além deles, a educadora, contadora de histórias, animadora, formadora educacional, produtora de curtas de animação para crianças e coach, Fátima Nogueira, abordou o tema Sinestesia da arte.

De acordo com Fátima Nogueira, sua palestra apontou alguns exemplos da utilização da sinestesia na arte para provocar no aluno a percepção destes sentidos através de técnicas plásticas, usando temperaturas diferentes, texturas, pesos e resistências, sons e cheiros, gostos, doce e salgado, entre tantas outras experiências: “A palestra teve o objetivo de demonstrar aos presentes como vivenciar atividades sinestésicas através de exercícios e atividades usando as sensações sentidas por cada um e o relato do que sentiram. Estimular a memória é o mais importante objetivo dos exercícios que levam a sinestesia”.

Maurício Moreira falou sobre as Políticas Públicas de Atendimento às Pessoas com Autismo. Ele destacou que em meio a um caos não existem políticas públicas para grupos vulneráveis, pois todos os recursos disponíveis são aplicados para solucionar os problemas maiores. E grupos como Idosos, Autistas e pessoas com doenças crônicas, geralmente são as primeiras a serem deixadas de lado. “O autista tem que ter um diagnóstico precoce, conclusivo ou não; uma intervenção precoce com terapias e fonoaudiologia; orientação e acompanhamento com a família; intervenção medicamentosa, se necessário. São muitos direitos que eles possuem e precisamos conscientizar os pais que temos que lutar por uma sociedade melhor; conscientizar a sociedade e os políticos sobre a realidade das pessoas e famílias com autistas, na certeza de que todos nós somos responsáveis”.

Depoimentos

“Em relação aos desafios que a família enfrenta, vêm várias questões à minha cabeça. Eu tive a bênção de ter como mãe uma profissional que trabalha com educação especial há mais de 30 anos. Então, tive um suporte, uma base e não me vi perdida com um filho especial nesse mundo. Fui orientada desde a descoberta das 2 síndromes raríssimas, Síndrome do marcador R – Mosaicismo celular – (8 meses de idade) que o Pedro Lucas é acometido e também em relação à esse mundo tão novo que é o autismo (2 anos e meio). Percebi, primeiramente, uma dificuldade em encontrar médicos que estivessem abertos e dispostos a aprofundar nessas dificuldades que o Pedro apresentava. Então, vejo que isso atrasou um pouco o acompanhamento que ele necessitava desde o nascimento, pois só foi possível aos 9 meses após seu nascimento. Segunda dificuldade: a sociedade ser bem informada e ouvir os pais para caminhar juntos pelo bem estar da criança.” – Andréa de Souza Gomes, presidente da Asap e mãe do Pedro Lucas

Andréa de Souza Gomes, presidente da Asap e mãe do Pedro Lucas

“Conviver com um autista é ter que passar por preconceitos, lutar por tratamentos especializados, sentir-se forte mesmo não estando. Mas Deus nos dá força através do sorriso do nosso amado autista. Até os 3 anos, o Nícolas não demonstrava nada de anormal, nem mesmo o pediatra e o neurologista infantil notaram, por isso ele ficou prejudicado, o tratamento atrasou. Por isso, depois dos 3 anos ele regrediu totalmente. Um neurologista nos deu o diagnóstico em 5 minutos, que foi como uma bomba que abriu uma grande fenda na minha frente. É terrível, mas agarramos a Deus e ao amor ao nosso filho, e um dia após o outro vamos vencendo.” – Maria Aparecida Campos Machado, mãe de Nícolas Campos Machado

Maria Aparecida Campos Machado, mãe de Nícolas Campos Machado

“Em 2012, recebi o diagnóstico de autismo e nisso deu início à nossa luta diária. Não é fácil vivenciar o autismo no dia a dia, é cansativo e doloroso, mas é em cada pequena vitória que renovo minhas forças. Meu maior desejo é que um dia meu filho seja incluído na sociedade sem preconceitos e que seus direitos sejam atendidos, não por ele ser especial e sim por ele ser um cidadão.” – Naiara Lúcia de Miranda, mãe do Bernardo Miranda Borges.

Naiara Lúcia de Miranda, mãe do Bernardo Miranda Borges.
jc1140x200
Abrir o WhatsApp
Como podemos ajudar?
Olá, como podemos ajudar?