Cida Marcelino, Natinho, Paulo Pereira, Nego, Adriano Moreira e Edmar Nunes não aceitaram participar da Mesa Diretora
A presidente da Câmara de Lagoa da Prata, vereadora Quelli/PV, perdeu o apoio que tinha entre os seus colegas parlamentares. Depois de receber a renúncia de Cida Marcelino/PRB e Natinho/PDT, que ocupavam os cargos de 1ª e 2º secretários da Mesa Diretora até o mês passado, na semana ela recebeu o comunicado do afastamento de mais dois vereadores: Paulo Pereira/PMDB e Nego da Saúde/PRB comunicaram a Quelli a renúncia aos cargos de vice-presidente e 2º secretário, respectivamente. Ambos alegaram motivos pessoais.
Antes da reunião ordinária da segunda-feira (06/06), a Câmara realizou um processo eleitoral para eleger os ocupantes dos cargos vagos. Adriano Moreira e Edmar Nunes, ambos do PDT, foram escolhidos, porém, declararam não terem interesse em ocupar os cargos na Mesa.
Em nota enviada ao Jornal Cidade, Adriano Moreira se explicou: “Antes dessa reunião eu, Adriano Moreira Pinto, e o vereador Cabo Nunes, declaramos de forma verbal, o não interesse em nos candidatar ao cargo de primeiro e segundo secretário. E mesmo assim, fomos votados pelos vereadores presentes. A decisão de não fazer parte da mesa diretora se dá pelo fato da presidente da Câmara Municipal dar prosseguimento à reforma da Câmara após o voto contrário de quase todos os vereadores. Pesa nessa decisão o fato da presidente tomar decisões sem consultar os colegas e afirmar nos meios de comunicação que os vereadores são favoráveis às suas decisões. Dessa forma, Quelli Couto se nega a esclarecer alguns pontos relacionados a reforma. Não faço parte da Mesa Diretora com uma presidência que não torna público os seus atos e trata a imprensa de forma desrespeitosa”, disse Moreira.
Na reunião realizada ontem (13/06), um vereador informou ao Jornal Cidade que uma lista circulou entre os representantes do povo para verificar o interesse em ocupar os cargos vagos. “Só não. Agora a presidente preside a reunião, lê tudo como secretária e marca o tempo como vice. Cobra escanteio e corre para a área para cabecear”, ironizou um vereador.
“Agora a presidente preside a reunião, lê tudo como secretária e marca o tempo como vice. Cobra escanteio e corre para a área para cabecear”, ironizou um vereador.
Em entrevista concedida à Rádio Veredas que foi ao ar na semana passada, a presidente Quelli disse que pediu à vereadora Cida Marcelino que retomasse o cargo de primeira secretária para auxiliar a condução dos trabalhos no restante desta legislatura.
O relacionamento entre a presidente e os vereadores não é bom. Por um lado, os colegas reclamam que a presidente Quelli está agindo de forma arbitrária, não levando em consideração a opinião deles em questões de ordem administrativa do Legislativo, como, por exemplo, a reforma do prédio da Câmara que está sendo realizada sem o apoio da maioria dos legisladores. Por outro lado, Quelli é autora de um projeto de resolução que desagradou a maioria dos vereadores. Ela quer descontar na folha de pagamento o valor de R$ 585 por cada falta que os colegas se ausentarem das reuniões ordinárias, extraordinárias, sessões solenes, audiências públicas, reuniões das comissões e qualquer encontro convocado pela presidente.