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Lagoa da Prata possui a segunda fábrica de ração da Biosev no Brasil

Galpão da fábrica de ração em Lagoa da Prata e Dois dos três tipos de ração produzida em Lagoa da Prata.

A Biosev, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do mundo, aumentou sua capacidade de produção animal com a inauguração, em agosto de 2013, de uma fábrica de ração animal anexa a sua unidade em Lagoa da Prata. Produzida a partir de coprodutos do processo de extração de açúcar e álcool da cana-de-açúcar – principalmente bagaço de cana, melaço e levedura –, a ração permite à Biosev fortalecer seu relacionamento com fornecedores que também atuem na pecuária, além de ser uma opção mais econômica e eficiente para os pecuaristas.

Essa é a segunda fábrica implantada, sendo que a primeira está localizada em Morro Agudo, no estado de São Paulo, na unidade Vale do Rosário. Segundo o supervisor de Zootecnia da Biosev, Fernando Henrique Pereira de Paiva, o investimento inicial para a implantação da fábrica na unidade de Lagoa da Prata foi de aproximadamente 5 milhões de reais. “Depois de alguns estudos, identificamos que aqui em Lagoa o investimento na fábrica se enquadraria perfeitamente”, destaca Fernando.

Para a Biosev, a produção de ração de bagaço de cana traz muito mais vantagens do que apenas rentabilizar. Na busca por fornecedores de cana, a possibilidade de oferecer a ração representa um diferencial na negociação e fidelização com produtores que também tenham gado.

Fernando Henrique Pereira de Paiva, supervisor de zootecnia.
Fernando Henrique Pereira de Paiva, supervisor de zootecnia.

De acordo com o zootecnista, a fábrica de ração é uma vantagem em diversos setores da empresa “Podemos citar o benefício de fornecer para os parceiros e fornecedores de cana-de-açúcar. A fábrica comercializa ração a preços acessíveis e competitivos ao mercado. Com isso, fazemos a integração cana e pecuária e conseguimos captar novas áreas de plantio de cana, principalmente áreas que antes eram ocupadas pela pecuária, e nós entramos com o fornecimento do insumo para a produção animal, que é a ração. Falando em benefício industrial podemos citar o aproveitamento dos coprodutos da cana sem desperdício, como por exemplo, o melaço, a levedura, o bagaço, que utilizamos da indústria açucareira, além da geração de novos empregos para a unidade”, frisou.

A Fábrica de Ração possui 60 clientes, entre eles, os fornecedores e parceiros da unidade entre outros. “Embora a fábrica tenha sido inaugurada em 2013, ainda no ano anterior fizemos algumas parcerias de integração cana/pecuária. Trazíamos a ração da unidade de Morro Agudo, para iniciarmos as entregas. Foi uma logística bem complexa. Hoje, o cliente é quem tem a responsabilidade de coletar a ração na usina, por se tratar de uma venda FOB (Free on board) – que significa Livre a bordo“.

A Fábrica de Ração da unidade de Lagoa da Prata opera nos períodos de abril, maio e dezembro (período de safra) com a capacidade diária de 270 toneladas, que são feitas de acordo com a demanda de encomenda. “No período de entressafra a fábrica não funciona e aproveitamos esse período para a manutenção preventiva. Hoje trabalhamos com três tipos de rações em Lagoa da Prata e sete tipos na unidade Vale do Rosário. Aqui temos a ração de manutenção, de engorda e a alto grão”, informa.

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Produção de ração

A composição da ração, conforme descreve o zootecnista, já atende as necessidades nutricionais dos animais, mas é necessário enfatizar que em uma vaca de alta produção a suplementação dessa  ração é necessária. As rações já são formuladas para atender a exigência de produção média da região de Lagoa da Prata. “A fábrica tem os anexos, que são o hidrolisador de bagaços e a destilaria que nos fornece ingredientes como o melaço líquido e a levedura termolizada. Além disso, temos o bagaço que usamos como fonte de volumoso da ração. Também é utilizada a ureia pecuária, suplemento mineral, para bovinos, milho grão e o farelo de soja. Juntamos todos estes produtos e fazemos uma mistura bem homogênea, pronta para o uso”.

A empresa tem como diferencial no processo de produção e fornecimento da ração, a condição de comercialização e a segurança do alimento produzido, de acordo com o registro no Ministério da Agricultura. “Muitos produtores tiveram muitos ganhos dentro da propriedade, principalmente no que se diz respeito à otimização da mão-de-obra”, afirmou.

Depoimento do fornecedor

PAULO DE CASTRO, presidente da Cobeb e fornecedor da Biosev desde 2005.
PAULO DE CASTRO, presidente da Cobeb e fornecedor da Biosev desde 2005.

“Para quem mora em Lagoa da Prata é muito fácil perceber o movimento que a usina proporciona na cidade. Em termos de arrecadação e contribuição, para mim, a Biosev é a indústria que mais representa. Hoje eu alugo mil hectares de terra para a empresa e também sou um dos fornecedores deles que faz todas as operações, ou seja, eu planto a cana, faço a colheita e a entrega dela na esteira da usina. Em outros estados essa cultura do fornecedor fazer todas as operações é bem comum. A minha parceria com a Biosev existe desde quando a empresa começou a se abrir para os fornecedores, pois antes ela só plantava e colhia em terras dela. Eu comecei como fornecedor de cana em 2005. Meu relacionamento com a usina sempre foi muito bom, mas eu, como fornecedor e morador de Lagoa da Prata, percebo que está havendo realmente uma mudança muito grande, e para melhor.”

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