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Administração Municipal reimplanta as 6 horas de trabalho para o funcionalismo de Lagoa da Prata

JORNAL DA CIDADE – Os servidores municipais de Lagoa da Prata – da Prefeitura e do SAAE – estão comemorando a redução da carga horária de trabalho adotada pela Administração Municipal. Implantada em 1995 pelo então prefeito José Octaviano Zezinho Ribeiro, a jornada diária de 6 horas possibilitava ao funcionário público obter uma renda extra em outro trabalho, ou mais tempo disponível para realizar as suas tarefas do dia-a-dia. Em 2009, o governo municipal determinou que os servidores cumprissem as oito horas diárias, gerando protestos de funcionários públicos. Em 2012, a jornada de trabalho de seis horas virou lei a partir de um projeto de lei complementar (03/2012) de autoria do vereador Adriano Moraes/PV, que foi colocada em prática pela atual Administração Municipal. 

Para a agente administrativa Lucimar Aparecida Borges, servidora concursada que trabalha no prédio da Prefeitura desde 1998, a reimplantação das 6 horas de trabalho diárias refletiu diretamente no convívio da família. “Sou mãe de duas meninas. Uma de sete e outra de dez anos. Eu estava ajudando a fazer o dever de casa delas à noite. Lavava roupa à noite. Como a gente ganha pouco, não temos dinheiro para pagar alguém para arrumar a casa. Estou trabalhando porque eu preciso. Nesses dois dias que eu já fiquei em casa, ajudei as meninas a fazer o dever de casa e meu arroz não queimou!”, brinca a servidora.
Borges ressalta que o investimento no funcionário público reflete na comunidade. “Quem não conhece o serviço público acha que a gente não trabalha. Tem gente que não tem nem noção do que é o serviço público. Somos mais de mil funcionários. Cada um tem duas, três pessoas na família. Se olhar para nós, está olhando para a comunidade. A maioria são pessoas que ganham pouco”, acrescenta.

MELHORIA NO ATENDIMENTO
Fábio Machado Borges é auxiliar administrativo no Pronto Atendimento Municipal (PAM). Ele afirma que agora os funcionários da unidade de saúde estão trabalhando mais motivados. “Por ser um local que funciona 24 horas, temos condições de agregar mais valor ao trabalho porque estamos mais descansados. Houve uma valorização do funcionário público. Tivemos até uma melhoria de qualidade de vida. A partir do momento que a Prefeitura valoriza o funcionário, ela está considerando o funcionário como parte de seu patrimônio. Isso vai repercutir num melhor atendimento, numa satisfação profissional. Foi uma iniciativa brilhante das pessoas envolvidas”, afirma Fábio.

O servidor municipal Fábio Borges diz que a nova jornada de trabalho irá proporcionar mais qualidade de vida

A Administração Municipal informa, por meio da Assessoria de Comunicação, que o atendimento ao público não sofrerá alterações. “Apenas o prédio da Prefeitura e os serviços administrativos funcionarão das 12 às 18 horas. Não haverá prejuízos para a população, visto que alguns setores estão funcionando em dois turnos. Vale salientar que os serviços de urgência, emergência ou aqueles que não podem parar ou reduzir sua carga horária, continuarão a funcionar normalmente”, diz a nota enviada ao Jornal da Cidade.
Em entrevista ao programa TV Cidade em agosto de 2012, durante o período eleitoral, o prefeito Paulo Teodoro foi questionado sobre a jornada de trabalho de seis horas dos servidores municipais. “Ele (o servidor municipal) trabalhava na prefeitura na parte da manhã e na parte da tarde tinha outra atribuição para completar o ganho da família. Simplesmente eles chegaram e ceifaram esse direito do trabalhador sem dar satisfação, como se fosse uma forma de castigá-los. Vejo isso como uma falta de sensibilidade e responsabilidade para o servidor público de carreira. Temos uma proposta de investir no servidor concursado. Pois são eles que vão ficar e prestar um serviço de qualidade à população”, disse o prefeito Paulo Teodoro.

Perda salarial chega a 50%

Desde 2011, o vereador Adriano Moraes/PV vem apresentando indicações, requerimentos, projetos e anteprojetos para voltar a jornada de seis horas de trabalho para os servidores públicos municipais. Um dos motivos, segundo ele, é a perda salarial dos funcionários públicos, que de 2001 a 2008 chega a R$ 49,67% em relação ao salário mínimo. “Pude constatar uma enorme perda salarial e de poder de compra dos servidores. Se levarmos em conta que o custo de vida sobe a cada vez

Vereador Adriano Moraes, autor do projeto

que o salário mínimo aumenta, fica claro que os servidores municipais de Lagoa da Prata perderam, e muito, o seu poder de compra. A jornada de seis horas proporciona ao servidor a oportunidade de possuir outra atividade remunerada no turno em que não estiver a trabalho da Administração Municipal. Sempre lutamos pela volta das seis horas, e conseguimos com o prefeito Paulo Teodoro outros benefícios para os servidores”, afirma o vereador.

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