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Vereador de Santo Antônio do Monte contesta números apresentados pelo Jornal Cidade

O Jornal Cidade, na edição veiculada no dia 15 de maio, apresentou um quadro comparativo dos orçamentos dos municípios da região com o objetivo de mostrar ao leitor o potencial de investimento das administrações municipais. A proposta da matéria foi questionar a afirmação de políticos de Santo Antônio do Monte que argumentam que a cidade não possui dinheiro para executar obras e prestar serviços que satisfaçam as expectativas dos cidadãos. O vereador Luis Antônio Resende, no dia 11 de maio, afirmou durante a reunião da Câmara: “Não tem administrador que passou aqui que faça a prefeitura funcionar com os recursos que tem. Eu aposto que não funciona. O prefeito cortou tudo o que podia cortar. Não tem dinheiro.Não tem como a máquina funcionar”, disse. Conforme a tabela abaixo, Santo Antônio do Monte possui a mesma realidade orçamentária de outros municípios e está até em situação melhor do que Lagoa da Prata e Bom Despacho.

[pull_quote_right]Não tem administrador que passou aqui que faça a prefeitura funcionar com os recursos que tem. Eu aposto que não funciona. O prefeito cortou tudo o que podia cortar. Não tem dinheiro.Não tem como a máquina funcionar[/pull_quote_right]

No quadro comparativo dos orçamentos dos pios, veiculado na última edição, o Jornal Cidade interpretou e informou equivocadamente os números apresentados. Tomando como base os orçamentos previstos para o ano de 2014, foi informado que Santo Antônio do Monte obteve uma receita por habitante no valor de 2.568 reais, ao passo que Bom Despacho teria arrecadado 1.854 e Lagoa da Prata, 1.656.

Baseado nesses números, o vereador Luis Antonio Resende – que é servidor do município há 32 anos – usou a Tribuna Popular da Câmara de Santo Antônio do Monte, na sessão do dia 18 de maio, para contestar os valores informados pelo jornal e apresentar as receitas corretas, no caso, os valores líquidos obtidos pelo município no exercício de 2014. “As informações são complexas. Quando falamos em Orçamento, estamos falando da Receita Estimada ou prevista mais a Despesa Fixada. O Orçamento é elaborado no ano anterior à sua execução, por exemplo, o orçamento em execução no exercício de 2015 foi apresentado em agosto de 2014. Portanto, algumas Receitas e Despesas podem não ocorrer conforme o que estava previsto. Desta forma, o Orçamento mostra o que estava Previsto e não o que foi exatamente gasto ou recebido”, explicou.

Resende ainda falou das dificuldades de se administrar o município, que possui 1.125 quilômetros quadrados de extensão, com oito escolas rurais, enquanto Lagoa da Prata possui 442 quilômetros quadrados de extensão e apenas uma escola rural. O vereador também apresentou dados sobre gastos como merenda e transporte escolar, despesas de saúde e iluminação pública. “Gostaria que fossem colocados os números falados aqui. Os próximos candidatos estão prometendo as coisas. A população vai cobrar, porque na verdade não tem. O cobertor é curto. “Não tem mágica”, afirmou.

S. A. do Monte ainda possui receita por habitante maior do que Lagoa da Prata e Bom Despacho

Veja abaixo o gráfico correto com as receitas correntes líquidas obtidas pelos municípios. Santo Antônio do Monte possui um orçamento, por habitante, maior do que Lagoa da Prata e Bom Despacho – cidades de maior porte – no mesmo patamar de Cláudio, município com praticamente a mesma população.Tabela Samonte 50

NOTA DA REDAÇÃO

Cortina de fumaça

Na matemática, existe uma regra básica na qual a ordem dos fatores não altera o produto. Todavia, a ordem dos afazeres organiza a sua vida. Com o objetivo de mostrar que as finanças de Santo  Antônio do Monte não estão tão capengas como querem fazer acreditar os políticos locais, embora o Jornal Cidade tenha interpretado equivocadamente as planilhas disponíveis no site do

Tribunal de Contas, as informações corretas no quadro acima mostram que o município possui uma situação econômica semelhante à dos demais municípios, superior até do que as receitas de Lagoa da Prata e Bom Despacho, considerando os valores por habitante.

O vereador Luis Resende, funcionário a 32 anos, que possui larga experiência em contabilidade pública, foi quem apontou o erro de interpretação da reportagem em uma palestra “espetacular” montada no plenário da Câmara Municipal. Mas ele não reconheceu que, mesmo assim, com os números reais, os cofres de Santo Antônio do Monte estão em situação normal aos dos demais municípios. Em Lagoa da Prata é possível ver diversas obras e investimentos da prefeitura. Em Bom Despacho, idem. E em Santo Antônio do Monte? Como foi a gestão do dinheiro do povo nesses dois anos e meio de governo?

É a ordem dos afazeres que organiza a nossa vida. E no serviço público, isso pode ser contextualizado por decisões e escolhas feitas pelo governo e Câmara, até o momento, foram as mais eficientes e impessoais?

Políticos são pagos, e muito bem pagos, para encontrarem as soluções e apresentarem resultados. E não para ficar reclamando que está faltando dinheiro. Se não tem competência para administrar com os recursos que tem, por que escolheu ser político?

Quando um candidato coloca o seu nome à disposição em uma eleição, pressupõe-se que ele conheça a realidade do município, as limitações e as potencialidades, e tenha um plano para encontrar alternativas que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos.

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