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Trevo prevê faturar 112 milhões de reais

No mercado de laticínios há 13 anos, a Trevo Alimentos, sediada em Sete Lagoas, na região Central do Estado, que produz iogurtes, bebidas lácteas, petit suisse, manteiga e requeijão, já prepara o primeiro ciclo de sucessão. Fundada por três irmãos e um ex-cunhado, a empresa, que em 2014 faturou R$ 102 milhões e prevê receita superior a R$ 112 milhões em 2015, passa por um planejado e gradual processo de profissionalização para manter os negócios em expansão ao longos dos próximos anos.

De acordo com o diretor administrativo da Trevo Alimentos e um dos fundadores, Marcelino Cristino de Rezende, esse é um momento delicado, mas que deve ser encarado com determinação e naturalidade.

“Nossa história começa em 1986, em Lagoa da Prata (região Centro-Oeste), como outra empresa (não citada e já extinta), que nos deu experiência para começar a Trevo anos mais tarde. Agora, vivemos o desafio de passar para a segunda geração. O movimento de profissionalização tem sido vitorioso porque os acionistas convergiram em favor do negócio. Hoje, apenas um filho participa da gestão. A ideia é trazer ainda mais pessoas do mercado. Nós, fundadores, ainda estamos em idade produtiva e temos dificuldade em nos afastar, mas é necessário. Tudo tem que ser feito com uma boa consultoria”, afirma Rezende.

A Trevo iniciou as atividades em Sete Lagoas em fevereiro de 2002 em um projeto arrojado: um terreno de 21 mil metros quadrados e 7,9 mil metros quadrados de área construída. Hoje, é dona das marcas Trevinho (linha de iogurtes voltados para o público infantil e infanto-juvenil), Apreciare (linha de produtos lácteos desenvolvida para os públicos adulto e feminino, que buscam o bem-estar, unindo o tradicional e o saudável), Pulsi (linha de bebidas lácteas elaborada para o público infanto-juvenil) e Rural (linha de gordurosos: manteiga e requeijão).

Presente em todas as regiões de Minas Gerais, a Trevo atua também em Goiáis, Espírito Santo e Distrito Federal
Desafio – No comando de uma equipe de 250 pessoas, o empresário enxerga 2015 como um grande desafio, porém, também um ano de grandes oportunidades. “Este não é um ano fácil. O setor produtivo vai ter que deixar seu maior alavancador para trás. Não existe mais como usar apenas dinheiro do governo. Pode ser um período de grandes oportunidades também, e é isso que está acontecendo conosco. De 2008, quando se agravou a crise mundial, até agora, tivemos dois ciclos de desenvolvimento importantes: um em 2009, quando demos um grande salto de qualidade, e outro agora, com a montagem de uma nova linha de produção, entre outros investimentos”, aponta o diretor administrativo da Trevo.

O atual ciclo de investimento deve ser encerrado em novembro e terá como resultado três grandes vetores que deverão elevar o nível de produtividade. O ponto principal é a montagem de uma linha de produção de leite fermentado, que anteriormente era produzido por terceiros. O prazo para entrada em funcionamento é agosto. Outros pontos são a automação da ponta final das linhas de produção no setor de embalagens e um novo plano energético para toda a fábrica, que inclui o reaproveitamento do efluente tratado para a produção de biomassa para a geração de energia. O investimento total é de R$ 8,5 milhões, R$ 4,5 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante de recursos próprios.

Energia – “A questão energética é cada vez mais importante.  preciso buscar alternativas verdadeiramente sustentáveis. Outra preocupação é com a água. A crise hídrica é um problema para as indústrias não apenas pela questão da higiene, que no caso dos laticínios é extremamente importante, mas também pelos efeitos na produção de leite. A falta d”água diminui a produção de alimento para o gado, atrasando o ciclo de prenhez e, conseqüentemente, todo o ciclo produtivo e diminuindo a qualidade. Tudo isso, claro, aumenta o custo da indústria. Estamos convivendo com um custo maior no campo e mantendo os preços para o nosso consumidor”, reclama o empresário.

Para manter a meta de crescimento de 10% em 2015 sobre o resultado do ano passado, que fechou em R$ 102 milhões, a empresa precisa contar com mão de obra altamente capacitada. Da mesma forma que quase todo o setor produtivo enfrentou escassez de pessoal nos últimos anos, a Trevo vivenciou o mesmo problema e viu na promoção dos talentos internos a solução.

“A partir do momento que a renda média da população melhorou, as pessoas passaram, com justiça, a almejar novos postos de trabalho. Como no chão de fábrica a maior parte das vagas é menos técnica e mais braçal, passamos por dificuldades. Nesse sentido, a indústria de laticínios é um espelho da pequena e média empresa mineira. Por isso, a automação voltou à pauta e o treinamento interno e o aproveitamento de quem já estava aqui dentro se tornaram ainda mais importantes. Hoje, existe mão de obra disponível no mercado”, destaca.

Presente em todas as regiões de Minas Gerais, a Trevo atua também em Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal. O próximo desafio é entrar no mercado paulista e fluminense. Em São Paulo, os primeiros passos já foram dados no interior. A expectativa é chegar à capital em 2017.

“É um desafio muito grande vencer as barreiras tributárias e protetivas desses dois estados. Nosso principal alvo é o Rio. Até o fim de 2016, queremos ter uma cobertura bastante significativa. Temos como vantagem a nossa posição geográfica. Bem servidos por serviços de transporte e pela estrutura viária, somos capazes de fazer entregas em 24 horas nas principais praças. O essencial é ter volume suficiente para pagar o frete”, avalia.

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