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Tirar a carteira de habilitação ficará mais caro e difícil a partir de 2016

Gabriel Miranda - Diretor da Auto Escola Central.

Diretor da Autoescola Central, Gabriel Miranda explica as novas regras impostas pelo governo

As pessoas que pretendem obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em 2016 precisam ficar atentas às novas exigências do governo que vão deixar o processo mais burocrático e com custo mais elevado para os alunos.

O diretor da Autoescola Central, Gabriel Miranda, em entrevista ao Jornal Cidade explica as novas regras e orienta os candidatos a anteciparem o início do processo de obtenção da CNH.

Jornal Cidade: Em 2016 estão programadas mudanças que vão tornar mais difícil e caro conseguir a carteira nacional de habilitação. O que vai mudar?

Gabriel Miranda: Tanto o Denatran quanto o DETRAN estão reformulando todo o processo de habilitação. O Brasil faz parte de um programa mundial para reduzir os acidentes de trânsito e pretende reduzir os acidentes em até 50% até 2020. Então, os órgãos de trânsito irão dificultar o processo de obtenção da carteira de habilitação.

Jornal Cidade: Quais as mudanças já estão confirmadas?

Gabriel: Já sabemos que o exame de moto não será somente na moto-pista. Terá o exame de rua. Não sabemos se será integrado ao da moto-pista, mas está confirmado o exame de rua para moto. A partir do dia 1º de dezembro o Detran obrigou  os alunos a fazerem exame de biometria nas aulas de moto. Todas as aulas serão monitoradas e filmadas. Isso vai acarretar mais custos e vai ficar mais caro, inclusive para os alunos.

Jornal Cidade: Haverá mudanças para os motoristas profissionais?

Gabriel: Terá o exame toxicológico para todos os condutores  que são motoristas  profissionais, das categorias “C”, “D” e “E”. Além dos exames médicos e psicotécnicos, que hoje custam R$ 228,85, o exame toxicológico vai custar a mais entre R$ 250 e R$ 270. Entrará em vigor a partir de janeiro de 2016. Isso vai representar cerca de 30% de aumento somente com os exames. Vale lembrar que o DETRAN faz um reajuste anual de todas as taxas. Cerca de 40% de todo o custo para se obter uma CNH fica para pagar as  taxas cobradas pelo Estado de Minas Gerais, que cobra o maior percentual do país. Só na primeira habilitação o aluno paga R$ 437 em taxas. Provavelmente chegará nos R$ 500 tranquilamente.

Jornal Cidade: Como ficará a questão de mudança de categoria a partir de 2016?

Gabriel: Hoje, com dois anos de carteira “B”, você pode tirar a carteira “D” e estaria apto a dirigir caminhão e ônibus. A partir do próximo ano terá apenas a adição de categoria. Por exemplo: um candidato que tenha a carteira “B” e precisa obter a carteira “D”, terá que, primeiramente, tirar a carteira “C”, e assim por diante. O governo quer que o condutor tenha experiência em todas as categorias. O prazo também vai mudar. Hoje, para mudar da categoria “C” para “E”, é preciso ter um ano de carteira “C” e ter apenas 21 anos. Será exigido, então, o mínimo de 25 anos para se chegar à habilitação “E”.

Jornal Cidade: E para fazer adição de categoria haverá também necessidade de fazer mais aulas de legislação?

 Gabriel: Sim. Os candidatos serão obrigados a voltar para a sala de aula e assistir de 5 a 10 aulas teóricas específicas de cada categoria. Hoje, a carga horária teórica, que é o curso de legislação, é de 45 horas/aulas. O governo vai introduzir mais 10 horas/aulas a partir de janeiro de 2016. Se o candidato fizer uma aula por dia ele vai gastar dois meses e meio para concluir o curso de legislação. É preciso lembrar que o processo de habilitação vale apenas para um ano. Se a pessoa não tirar a carteira nesse período, tem que fazer um reinício, que pode acarretar mais custos de taxas.

Jornal Cidade: Com essas mudanças, qual deverá ser o reajuste médio do custo da habilitação?

 Gabriel: No mínimo 20%. A habilitação que hoje custa em torno de R$ 1.500 não vai sair por menos de R$ 1.800.

Jornal Cidade: Quem pretende tirar a CNH, o ideal é iniciar o processo ainda em 2015?

Gabriel: Sim. O ideal é que a pessoa faça pelo menos o cadastro e o exame médico/psicotécnico. Já para os condutores de moto a data final é somente no dia 30 de novembro, pois a partir de dezembro/15 será somente com biometria. Lembrando que vale é a data do cadastro.

Jornal Cidade: Gostaria de acrescentar mais alguma informação?

Gabriel: A Autoescola Central sempre visou a responsabilidade social. Fazemos um trabalho diferenciado para a população, facilitando, ao máximo, a todas as pessoas a oportunidade de obter a habilitação. Fazemos o nosso papel de formador de novos condutores, mas também transformador na vida das pessoas, porque a habilitação é um diferencial para conseguir um bom emprego.

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