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Tio Zé Lourenço e a Eleição | Artigo

Ilustração: Reprodução/Internet

Muito próximo de um dia de eleições, há muitos anos atrás, tive uma conversa breve com tio meu, que muito admirava, pela sua personalidade, pelo seu caráter e sua história de vida, Tio Zé Lourenço.

Eu tinha 16 anos e iria votar pela primeira vez. Estive em sua casa para tocar e cantar com ele. Adorava canto Coral (era líder do Coral Cânticos de Sião, maestro, regente) e sempre passava lá por sua casa para tocar junto, aprender com as suas partituras e anotações. Tio Zé Lourenço era um acordeonista maravilhoso, arranhava um violão, lia partituras com muita habilidade e eu sempre colocava as notas ocultas em suas partituras. Dividia vozes com muita precisão e ante a menor nota, coisa mínima, destoante, mandava apagar e escrever de novo. Era sim, muito criterioso e detalhista. Se era pra fazer mal feito, melhor que não fizesse, dizia ele.

Tenho algumas das suas partituras (cópias) até hoje, herdadas do meu pai. Todos que convivem comigo sabem que sempre gostei muito de agendas e as utilizo a vida toda para fazer anotações dos mais variados aspectos e estirpes. Anoto tudo que eu ache interessante.

E das muitas anotações, encontrei poucas frases, bem escritas, bem anotadas, regadas a café e música, as quais transcrevo aqui como comentários. Não vou cansar o leitor com enfadonhas retóricas políticas, falando bem ou mal de um ou de outro candidato, mas reproduzo a impressão do Tio Zé Lourenço já naquela época, pelos idos dos anos 90, meados dos anos 90. Época de muita profusão política, ascensão do plano real e o surgimento de vários nomes até então desconhecidos da política no plano nacional.

Disse-me o Tio Zé que Política não era sinônimo de ética, e que a maioria dos políticos queriam mesmo era garantir “o seu” (fazendo um gesto de dinheiro com os dedos de uma das mãos). Disse que na verdade quem se arvora em favores do governo é um preguiçoso covarde, que a gente deve sim é trabalhar para pagar o sustento e vencer na vida. Que a gente vence é com o trabalho e não na busca de favores do governo.

Disse que escolher um candidato é tarefa difícil e que você deve escolher pela bandeira que a pessoa e o seu partido defende. Isso com critério, vez que às vezes se associam para obter favores, tempo de tv, tempo de rádio, melhor posicionamento financeiro na campanha e que logo após a eleição, abandonam suas posições iniciais ou mesmo adotam outros enlaces e namoros políticos. Enfim, uma bagunça mesmo.

Nisso, deveríamos nos guiar pela seguinte pauta: escolher um candidato que proteja aquilo que você mais ame nessa vida; escolher um candidato que faça algo para facilitar seu trabalho e seu sustento; escolher um candidato que tenha posições religiosas cristãs firmes, alinhadas se possível com a nossa fé em Cristo Jesus, salvação pela fé na obra redentora de Nosso Senhor na cruz do calvário, candidato que olhe pelas nossas crianças e jovens e que interfira no trabalho das pessoas o mínimo possível através do governo e das suas receitas para a economia. Foi uma grande aula.

Não me lembro bem em quem votei, visto ser eleição para prefeito e vereador, mas a aula foi anotada.

Ainda hoje se mantém como um excelente guia para a escolha de um candidato para qualquer cargo no país. Neste momento, creio ser muito oportuno, tal conselho.

Viva o Tio Zé Lourenço! Viva a sua memória entre nós!

Histórias que o povo conta…

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