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Sobre quando erramos… tentando acertar

Autora: Luciene Morais Batista – CRP 04-37799 Psicóloga Clínica – Especializada em Terapia Comportamental e Cognitiva pela PUC Minas Consultório: Rua Professor Jacinto Ribeiro nº 32, Centro, Lagoa da Prata – MG Fones (37) 8842-4204 e 3262- 2132 Credenciada para Atendimentos Online pelo site www.psicoharmonia.com.br

Você já teve a sensação de cometer um erro tentando acertar? Eu já, e muitas pessoas já me relataram terem vivenciado situações nas quais erraram tentando acertar. Uma situação típica onde isso costuma acontecer é na educação dos filhos. Tem aquele pai que “mima” muito o filho e que explica que quando era criança sentia-se muito carente do afeto dos pais. Aquela mãe que é exageradamente rígida com a filha e justifica que foi educada dessa forma e que por isso “se tornou gente”. Olhando com cautela, entendemos que estes pais podem estar cometendo erros, mas de fato, estão tentando acertar.

Vamos imaginar outros exemplos, pense em uma mulher que, desejosa de ver sua casa sempre bem limpa e organizada, dedica seu tempo em demasia para essa atividade, deixando de cuidar de si mesma e de vários outros aspectos de sua vida. Ou ainda, em um homem que quando sai com os amigos para o bar, sempre paga a conta de todos na mesa, ficando com seu orçamento mensal comprometido. Também nestes dois exemplos, é possível supor que tanto este homem quanto esta mulher, estão cometendo erros… mas tentando acertar.

O que fazer nestes casos? Não existe receita, no entanto, posso dizer que, conseguir obter essa percepção, ou seja, a de que está errando tentando acertar, já é algo muito positivo. Entender que apesar da intenção de acertar, o caminho feito atualmente tem trazido resultados negativos é por si só terapêutico. Apesar de parecer algo simples, na realidade, pode não ser nada fácil este reconhecimento.Entender que há uma intenção boa, positiva, por trás do comportamento tido como “errado”, pode ajudar muito a reduzir a sensação de culpa. Livre do peso da culpa, fica mais fácil promover uma mudança de consciência e de comportamento.

Compreender a razão do comportamento tido como errado, ou seja, o que de fato está motivando a pessoa a se comportar de tal maneira, também é um ponto de partida necessário para a mudança.Dessa forma, por exemplo, o pai pode perceber que por trás do seu comportamento de mimar em excesso o filho, ou seja, a intenção positiva que está oculta, é o seu desejo de que o filho receba todo o carinho que ele próprio julga não ter recebido na infância. Perceber que há uma motivação relacionada a sua própria história de vida pode ajudar este pai a compreender que não existe a necessidade de mimar o filho em excesso para que ele também não se sinta carente futuramente. Poderá assim resolver sua própria questão, compreendendo que não existe a necessidade de se sentir culpado por não mimar o filho intensamente, que pelo contrário, este excesso de cuidados podem trazer prejuízos ao filho.

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