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Setembro Amarelo: a favor da vida

Foto: Reprodução/Internet

Até o final do dia de hoje, cerca de 30 pessoas no Brasil irão tirar a própria vida. Esta é a triste previsão baseada nos números da pesquisa do Centro de Valorização da Vida (CVV), uma associação de voluntários que se dedicam a atender pessoas carentes de apoio emocional e com ideações suicidas.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 90% dos suicídios poderiam ser evitados com a ajuda psicológica, por outro lado, 60% dessas pessoas não procuram ajuda.

O problema é considerado uma questão de saúde pública, e, para discutir sobre o tema, durante todo o mês de setembro, em todo o país, está sendo realizada a campanha Setembro Amarelo, que visa conscientizar a população sobre o suicídio. No Brasil, desde 2015, a campanha é uma iniciativa do CVV junto com o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Em Lagoa da Prata, a psicóloga Eliana Maria Delfino, que realiza atendimentos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), chama a atenção para a importância da discussão do assunto. “A troca de informações é um importante recurso para diminuir preconceitos e tabus em torno do tema, e auxiliar profissionais de saúde na identificação e no tratamento de pacientes com risco de suicídio”, salienta.

De acordo com Eliana, o  suicídio é um comportamento que possui múltiplas causas e uma complexa interação de fatores psicológicos, biológicos (genéticos), culturais e socioambientais. “Entre os fatores de risco para o suicídio incluem a doença mental e física, abuso de álcool e outras drogas, doença crônica, tensão emocional aguda, violência, mudança brusca na vida da pessoa, como perda de emprego, fim de casamento ou relacionamento afetivo, outros eventos adversos ou ainda uma combinação destes fatores”, explica a psicóloga.

Alguns sinais podem ser identificados por familiares e amigos como sendo de risco. ”A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte, e conversar sobre o assunto não aumenta o risco. Pelo contrário, pode aliviar aangústia e o sofrimento que esses pensamentos provocam na pessoa”, diz Eliana, acrescentando que conhecidos ou desconhecidos são capazes de acolher a pessoa em risco e encaminhá-la ao tratamento com profissionais adequados: “Quem tem doença mental precisa de acompanhamento médico, psicológico e apoio da família e amigos. Reconhecer comportamentos suicidas é uma das maneiras de prevenção”.

Se você conhece alguém ou está em sofrimento, não hesite em pedir ajuda. Em Lagoa da Prata, o Caps é referência em auxílio e atendimento psicológico, fica rua Maria Theresa Whinter, 131, no bairro Dona Alexandrina, e o telefone é 3261 1221, de segunda a Sexta-feira de 7h às 17h.

Outra opção de ajuda é o Centro de Valorização da Vida (CVV) realizando atendimento 24 horas pelo telefone 188, a ligação é gratuita.

Foto: Reprodução/Internet

FIQUE ATENTO

Quais os fatores de risco que levam a pessoa ao suicídio?

Isolamento

Pessoas com pensamentos suicidas podem demonstrar isolamento social e desânimo para atividades que antes eram prazerosas. O abandono do trabalho, dos estudos e do lazer pode indicar desinteresse pela vida.

Frases de alarme       

Quando alguém manifestar desejo de morrer, não ignore. Frases do tipo “Não quero mais viver”, “não agüento mais”, “eu queria sumir” podem indicar que a pessoa está passando por intenso sofrimento mental.

Uso de álcool e outras drogas

O uso de drogas mais doença mental pode resultar em atitude suicida. O consumo de álcool e de outras drogas aumenta o risco de suicídio numa pessoa com sofrimento mental.

Mudanças repentinas de humor

A simulação de melhora é comum em casos de tentativas de suicídio. A pessoa deprimida pode subitamente torna-se alegre, apresentando uma melhora que despreocupa amigos e familiares, e isto abre espaço para ela ficar sozinha e cometer suicídio.

COMO AJUDAR?

Mostre que você se importa, que ela não está sozinha. Ofereça ajuda sem julgar ou dar conselhos. Diga: “estou preocupada com você”. “Quer conversar?” “O que posso fazer para te ajudar?”

Não compare sofrimentos. Não exija que a pessoa se sinta alegre por ter menos problemas que outras. Cada um lida com os sentimentos de uma forma particular.

Pergunte a pessoa se ela pensa em se matar e se a resposta for “sim” não entre em pânico. Converse sobre o assunto, pois isso pode aliviar a sensação de isolamento.

Sugira ajuda profissional, e dê apoio para a pessoa com sofrimento mental procurar ajuda especializada.

 

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