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Sem acordo: greve dos bancários completa quatro semanas

Na semana passada, reunião com os bancos terminou sem acordo

A greve dos bancários completou quatro semanas nesta terça-feira (4), com 13.245 agências e 29 centros administrativos fechados, segundo balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Segundo o sindicato, o número representa uma adesão de 56% da categoria.

Veja a situação em Minas Gerais:
A greve dos bancários atinge 71% das agências em Belo Horizonte e outras 54 cidades de Minas Gerais, de acordo com a representação dos trabalhadores nas localidades. Ultimo balanço divulgado pelo Sindicato dos Bancários de BH e Região informa que 533 das 753 agências estavam fechadas até esta segunda-feira (3).

No norte do estado, Segundo presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Montes Claros e região, o sindicato compreende profissionais de 124 agências, sendo que 81 estão com os serviços paralisados.

No Triângulo Mineiro, 52 agências em Uberlândia estão completamente paralisadas, o que corresponde a 70%, segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Uberlândia e Região (Seeb). Em Uberaba, 16 agências, entre Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, estão fechadas, conforme o Sindicato dos Bancários de Uberaba.

No Centro-Oeste, das 27 cidades que compõem o Sindicato dos Bancários de Divinópolis e Região, Divinópolis, Formiga, Cláudio, Santo Antônio do Monte, Carmo da Mata, Lagoa da Prata, Arcos, Carmo do Cajuru, Bambuí, Araújos e Pains aderiram à paralisação. Nestas, 44 agências estão fechadas, sendo 29 da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, além de 15 dos bancos privados Santander, Bradesco, Itaú, HSBC e Mercantil. Funcionários que não aderiram ao movimento estão prestando serviços internos. Os caixas eletrônicos dessas agências também funcionam normalmente.

Balanço
O maior número de agências fechadas foi registrado no dia 27 de setembro, quando 13.449 delas tiveram suas atividades paralisadas. De acordo com o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas, segundo último balanço.

Até o momento, nenhuma nova rodada de negociação foi agendada para a semana.

Na quarta-feira passada, os bancários se reuniram com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas o encontro terminou sem acordo, e os grevistas decidiram manter a paralisação.

A greve já é mais longa do que a realizada pelos bancários no ano passado, que durou 21 dias. Segundo a Contraf-CUT, a greve mais longa da categoria na história foi em 1951 e durou 69 dias. Nos últimos anos, a mais longa foi a de 2004, com 30 dias.

Veja como pagar contas durante a greve dos bancários

Negociações
A Fenaban (que representa os bancos) ampliou na quarta-feira (28) a oferta de abono para R$ 3,5 mil, com mais 7% de reajuste, extensivo aos benefícios. Também propôs que a convenção coletiva dure dois anos, com garantia, para 2017, de reajuste pela inflação acumulada e mais 0,5% de aumento real.

Segundo a Fenabam, a proposta “garante aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula de transição, de um período de inflação alta para patamares bem mais baixos”.

A proposta, no entanto, foi recusada. A categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

Atendimento
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.

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