fbpx
jc1140x200

Santo Antônio do Monte – Queda nas vendas preocupa fabricantes de pirotécnicos

Empresária de Santo Antônio do Monte espera que Copa impulsione venda. Em 2012, produção cresceu só para atender demanda de festas juninas.

 

 

Os artigos pirotécnicos estão entre os itens mais utilizados nas comemorações em geral. Com o Mundial de 2014, as fábricas de fogos de artifício do município de Santo Antônio do Monte esperavam lucrar 50% a mais que em outras épocas do ano. Contudo, a realidade da produção é  diferente, segundo o Sindicato dos Funcionários de Fábricas de Fogos. Ao invés de lucrarem com a Copa, fabricantes têm reclamado da baixa venda registrada no início de junho.

[pull_quote_left]Tenho medo de que um dia a produção perca ainda mais espaço. Por toda parte estão proibindo o uso de pirotécnicos, muitas vezes por esses artigos serem manuseados por pessoas que não tem noção da habilidade necessária para isso. Vários acidentes foram registrados e por isso muitas cidades já proibiram a venda do artigo, o que coloca a economia da cidade em uma situação ruim[/pull_quote_left]

O diretor do Sindicato dos Funcionários de Fábricas de Fogos, Antônio Camargos, afirmou temer pelo futuro da cidade, que tem a atividade como principal. “Tenho medo de que um dia a produção perca ainda mais espaço. Por toda parte estão proibindo o uso de pirotécnicos, muitas vezes por esses artigos serem manuseados por pessoas que não tem noção da habilidade necessária para isso. Vários acidentes foram registrados e por isso muitas cidades já proibiram a venda do artigo, o que coloca a economia da cidade em uma situação ruim”, argumentou.

[pull_quote_right]No ano passado, durante a Copa das Confederações, nosso estoque estava vazio. Vendemos tudo. Já neste ano, o depósito está lotado de fogos e nenhuma previsão de vendas”, relatou. A expectativa dela é que, a partir do segundo jogo da seleção brasileira, a procura pelo produto aumente. “Com a abertura da Copa e a vitória do Brasil no primeiro jogo, esperamos que as pessoas se empolguem com as partidas e passem a comprar fogos[/pull_quote_right]

A proprietária de uma fábrica da cidade, Rosângela de Melo Silva, confirmou a queda nas vendas. “No ano passado, durante a Copa das Confederações, nosso estoque estava vazio. Vendemos tudo. Já neste ano, o depósito está lotado de fogos e nenhuma previsão de vendas”, relatou. A expectativa dela é que, a partir do segundo jogo da seleção brasileira, a procura pelo produto aumente. “Com a abertura da Copa e a vitória do Brasil no primeiro jogo, esperamos que as pessoas se empolguem com as partidas e passem a comprar fogos”, afirmou.

[pull_quote_left]Agora nem com a Copa estamos produzindo maior quantidade. No ano passado eu vendi uma quantidade de artigos para duas lojas no interior de São Paulo e, neste ano, elas compraram metade. Acredito que seja reflexo das manifestações que ocorreram no país[/pull_quote_left]

Nesta época, em outros anos, eram as festas juninas movimentavam a produção dos itens. “Agora nem com a Copa estamos produzindo maior quantidade. No ano passado eu vendi uma quantidade de artigos para duas lojas no interior de São Paulo e, neste ano, elas compraram metade. Acredito que seja reflexo das manifestações que ocorreram no país”, disse o empresário Arailtom Rodrigues.

Em 2012, Santo Antônio do Monte apresentava uma situação diferente, já que foi registrado um crescimento na produção de 30% apenas para atender as demandas de festas juninas. Alguns fabricantes chegaram a apostar em novidades para atrair os consumidores, de acordo com informações do Sindicato das Indústrias de Explosivos do Estado de Minas Gerais (Sindemg). “Este ano nem a Copa fez os números subirem, menos ainda as festas juninas”, disse o empresário Antônio Júlio.

Líder na América Latina
Santo Antônio do Monte lidera a economia na produção pirotécnica na América Latina e é responsável por mais de 90% da produção dos fogos de artifício do Brasil. Além de abrigar o único centro tecnológico em pirotecnia da América Latina, a cidade realiza a verificação da qualidade e a segurança dos fogos.

[pull_quote_right]É uma atividade antiga na cidade e que exige muitos cuidados, inclusive durante a fabricação. Para evitar o risco de curto-circuito, os funcionários contam apenas com a luz natural. Em alguns setores, o chão é coberto de água para não haver o atrito da pólvora com o piso ou com calçados. Tudo muito artesanal[/pull_quote_right]

A maioria das pessoas que moram no município está diretamente envolvido com a produção dos fogos. Galpões tomam conta de boa parte da cidade e eles também estão na zona rural. “É uma atividade antiga na cidade e que exige muitos cuidados, inclusive durante a fabricação. Para evitar o risco de curto-circuito, os funcionários contam apenas com a luz natural. Em alguns setores, o chão é coberto de água para não haver o atrito da pólvora com o piso ou com calçados. Tudo muito artesanal”, comentou o diretor do sindicato.

 

 

Fonte: G1

jc1140x200
Abrir o WhatsApp
Como podemos ajudar?
Olá, como podemos ajudar?