Alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Lagoa da Prata e da Escola Estadual Helena Aparecida estão com novas e divertidas atividades escolares. Teve início o projeto “Natureza em Arte”, com trabalhos que buscam promover maior interação e liberdade de expressão dos alunos da educação especial por meio da arte e do contato direto com a natureza.
A professora de Artes Luciana Aparecida Amaral Santos e a Terapeuta Ocupacional Ione Campos são autoras da iniciativa, que tem o objetivo de preparar e encaminhar os alunos para o mercado de trabalho. Luciana esclarece que o trabalho promove a interação dos 14 participantes com a natureza e também com a comunidade. “Na oficina, os estudantes tem a oportunidade de ter um contato maior com a natureza, incentivando-os a explorar os materiais nela, o cuidado e a preservação do meio ambiente. Eles também conhecem todo material que pode ser utilizado e reutilizado e ficam sabendo sobre técnicas de filmagens e fotografias da natureza”.
Para a professora, a arte impulsiona os processos de percepção, sensibilidade, cognição, expressão e criação: “A arte surge da necessidade de observar o meio que nos cerca, reconhecendo suas formas, luzes e cores, harmonia e desequilíbrio, tendo o poder de sensibilizar e proporcionar uma experiência estética, transmitindo emoções ou ideais. Ela contribui com a natureza quando, por meio de uma pintura, ilustração botânica ou até um objeto de artesanato, tem-se a sensação de que tudo no meio ambiente pode ser reutilizado, sem que nada seja prejudicado ”, explicou.
Segundo Luciana, a ideia do projeto surgiu no início do ano, e cada etapa do processo de desenvolvimento foi planejada para atender às necessidades dos alunos: “Ideamos nosso projeto no começo do ano letivo, mas devido às dificuldades em conseguir material, só pudemos concretizar agora. Separamos um espaço e transformamos em nosso ‘Cantinho da Arte’, onde todos puderam participar e foram eles os artistas responsáveis pela pintura”, contou a professora, lembrando a resistência que houve no início do trabalho: “Quando começamos a desenvolver as atividades, houve resistência de alguns alunos, que reclamavam de se sujar, das folhas caindo, e até do cantar dos pássaros. Porém, como pode-se notar, essa fase ficou para trás e hoje é um prazer para eles estarem em contato com a natureza”, destacou.
