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Professores da rede estadual de ensino paralisam os trabalhos por três dias em todo país

Os alunos que estudam nas escolas estaduais ficaram sem aulas nos dias 23, 24 e 25 de abril. O motivo foi a paralização dos professores em todo o país. Durante os três dias profissionais da educação se reuniram na Praça da Matriz. Com faixas, carro de som e camisetas personalizadas eles desfilaram pelas ruas do centro de Lagoa da Prata. Dentro do carro de som um dos professores, usando um microfone, explicou para as pessoas que passavam pelas calçadas e em veículos, as principais reivindicações da classe.

Segundo a professora Raimunda da Silva Santos, a paralização tem como objetivo reivindicar do governo federal os royalties do petróleo, os 10% do PIB, o tratamento médico, a igualdade de carga horária e a postura das escolas do país. Ela disse que os professores não estão sendo valorizados como na verdade deveriam. “Parece que eles (governantes), se esquecem que nós, profissionais da educação, somos os únicos que formamos outros profissionais. Os médicos, dentistas, policiais e todos os outros profissionais foram instruídos pelos professores, mas por que não temos o mesmo respeito e atenção?”,  disse Raimunda.

Sinara Maria Luiz Silva, professora de biologia e ciências, disse que os alunos estão saindo das escolas sem terem aprendido, pois a palavra “reprovação” não existe mais. “Por ordem dos governantes nós, professores, temos que dar uma, dez, trinta chances para que o aluno passe de ano. Os pais olham a caderneta do filho com notas azuis e pensam que eles estão ótimos, mas a realidade é outra. Está difícil mesmo trabalhar. Tem professor amigo nosso que largou a escola pra mexer com rifa”, disse Sinara.

Os professores também querem que o governo faça o pagamento do piso salarial nacional, que o ex-presidente Lula sancionou em 2008, e a maioria dos governos estaduais e municipais ainda não pagaram, inclusive o de Minas Gerais.

Raimunda disse que as escolas estão com falta de professores e em alguns casos os alunos estão ficando até quatro horas dentro da quadra sem aula. Ela afirma que os pais não têm conhecimento disso, mas precisam saber. “O Conselho Tutelar, através de decisão judicial, fiscaliza se os alunos que cometeram alguma infração estão sendo recebidos pela escola e isso é um problema enorme, pois quando o bom aluno está ali na quadra, sem professor e sem aula, ele está correndo o risco de ser aliciado pelo mau aluno. Hoje em dia não adianta dizer que não tem tráfico de drogas dentro da escolas, porque tem sim”, conclui Raimunda.

Questionados se há a possibilidade de uma greve, os professores disseram que essa decisão ainda não foi discutida entre a classe. Por hora, a manifestação seria somente a paralização nos três dias.

Adriano Santos – TV Cidade, Lagoa da Prata.

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