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Primeiro Pedalzão dos Pebas será realizado em Arcos

O evento será social e, todo material arrecadado será doado ao Projeto Doutorzinhos da Alegria.

O evento será totalmente social. (Foto: Portal CCO).

Os Amigos do Pedal Pebas da Montanha, juntamente dos Doutorzinhos da Alegria, irão promover o primeiro Pedalzão dos Pebas, que ocorrerá domingo (15), com saída da Praça de Eventos Joaquim Verdureiro em Arcos às 8 horas.

O evento será completamente social, sendo 1kg de alimento na hora de fazer a inscrição que serão todos destinados em prol do Projeto Doutorzinhos da Alegria que hoje atua com diversas atividades em instituições e locais nas cidades de Arcos e Lagoa da Prata, levando alegria e carinho para pessoas que estão precisando, além de distribuírem marmitas toda semana para pessoas carentes

O grupo Pedal Pegas da Montanha são amigos e colegas que se reúnem para andar de bicicleta pela cidade nas zonas urbanas e rurais, criado para alimentar e crescer um hobbie que gerou uma melhor qualidade de vida a todos os envolvidos, além de uma interação familiar que une famílias e amigos em prol de uma atividade que permite também aproveitar e conhecer lugares de Arcos. O grupo criado por José Donizetti tem hoje em torno de 200 pessoas envolvidas no grupo das atividades, e estes se juntaram e almejaram algo além do esporte, entrando na causa com o Projeto Doutorzinhos da Alegria.

Projeto Doutorzinhos da Alegria

Criado em 2017 pela técnica de enfermagem Miriam Aparecida da Silva Castro, o projeto Doutorzinhos da Alegria tem como objetivo levar amor e bem-estar para as pessoas de Lagoa da Prata e Arcos.

Segundo Miriam, a ideia surgiu quando sua mãe estava passando por problemas de saúde enquanto fazia tratamento contra o câncer. Ver a mãe naquela situação não a estava fazendo bem, e isso foi um gás para abrir as portas do projeto, pois, além de sentir vontade de ajudar o próximo, também era uma maneira de ajudar a si mesma.

“Eu me vi na necessidade de ajudar outras pessoas e de ajudar a mim mesma a sair daquela dor que eu me encontrava, de ver minha mãe passar por todo aquele sofrimento que é um tratamento de câncer”, conta ela.

As ideias começaram a partir disso, e como Miriam era coordenadora de outro movimento, chamou alguns adolescentes que faziam parte dele para fazerem uma visita ao SOS de Lagoa da Prata, e foi aí então que nasceu os Doutorzinhos da Alegria.

Logo, ela e os meninos começaram a sentir ainda mais necessidade de ajudar o próximo. Começaram a visitar hospitais, creches e lares para idosos, e não demorou muito até chegarem à população de rua.

“No dia vinte e um de junho as meninas e nós fizemos uma ação com os moradores de rua de Arcos. Foram seis moradores de rua que nós atendemos e foi muito bacana. Nós preparamos um café da manhã para eles, demos a eles um pouco de dignidade oferecendo corte de cabelo, de barba, unha, demos roupas novas pra eles estarem trocando, e foi uma experiência muito gratificante. Em Arcos fazemos esse trabalho toda sexta-feira. Reunimos um grupo na minha casa e fazemos as marmitas, então levamos para eles”, relatou a coordenadora.

O projeto em Lagoa conta hoje com vinte adolescentes, e como Miriam se mudou para Arcos, começou o projeto lá em março.

“E está sendo uma parceria muito boa, porque está sendo um trabalho em conjunto. O pessoal de Lagoa vem para Arcos e ajuda em ações aqui. O pessoal de Arcos vai para Lagoa e ajuda em ações lá. Então está sendo muito bacana essa troca de experiências. E eu tenho essa preocupação com os meninos de estar cada vez mais inserindo-os no voluntariado, nesse meio de doação ao próximo. E a cada experiência que a gente faz é uma aprendizagem nova”.

Um exemplo a seguir, não? E para ter certeza de que seu projeto estava fazendo efeito até mesmo naqueles que a ajudavam, Miriam pediu para que algumas meninas do grupo fizessem um pequeno texto explicando o que os Doutorzinhos significam para elas, pois, segundo a coordenadora, a valorização de cada membro do grupo e o crescimento de cada um deles é muito importante para ela. E a partir disso pôde ver a mudança de como elas eram quando chegaram e no que se tornaram hoje.

Depoimento das meninas

“O Doutorzinhos da Alegria, pra mim, é o lugar pra quem quer se sentir amado; e assim como eu, aprender o valor de dar um abraço, desejar um bom dia, de doar seu tempo livre para ouvir quem precisa falar, aprender o valor de não ignorar alguém. Porque é disso que as pessoas realmente precisam, um pouco mais de atenção. Saber que a gente pode proporcionar isso é muito bom. E através do projeto eu tive a oportunidade de voluntariar no SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos) e levar esse amor para as crianças, sem dúvidas foi uma das melhores experiências. Conviver com elas foi muito importante para mim, poder olhar e perceber o quanto precisam de atenção, carinho e de um simples abraço. Sempre que posso, vou até lá dar um abraço nos “meus meninos”; eu falo que saí de lá, mas eles não saem de mim. Enfim, só quero que todas as pessoas sejam capazes de amar e sejam amadas desse jeito também!”. – Jénnifer Carolina Ubinge, 17 anos.

“O projeto doutorzinhos da alegria fez uma grande diferença na minha vida. Com ele pude perceber o real valor das coisas. Antes, andava na rua sem ver aqueles que estão sentados lá pedindo contribuição ou sem perceber as crianças que tem necessidades não só de roupas e alimentos mais também de amor. Com o projeto, comecei a enxergar tudo com outros olhos. Tudo o que faço hoje é com muito amor e carinho, por mais simples que seja uma pequena atitude para ajudar o próximo tem uma gratificação enorme”. – Maria Cecília Rodrigues, 16 anos.

“Doutorzinhos da Alegria é um grupo de adolescentes disposto a mostrar o mundo que ainda existe pessoas querendo fazer o bem. O voluntário recebe o que o dinheiro não pode comprar. Abraços, sorrisos e muita alegria. A gratidão dos olhos dos que precisa de ajuda, o sorriso de realização é a força que me faz seguir a cada dia apaixonada por esse projeto. Entrei no projeto no momento difícil e a forma que me abraçaram foi incrível. Tive a oportunidade de ser voluntária no SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos), onde dou aula para cerca de 20 meninos(as). O carinho e o zelo deles por mim me faz querer cursar assistência social em breve.  Gosto de gente, de cheiro de gente, e é nesse projeto que eu me encontrei, encontrei o que é o verdadeiro significado de se pôr no Lugar do outro, de se doar por inteiro a quem precisa”. – Júlia Batista, 17 anos.

Podem imaginar o tamanho do orgulho que se formou no peito de Miriam, certo?

E, apesar de o projeto ter nascido de um momento ruim, hoje traz felicidade não só para aqueles que recebem o tratamento, mas de quem está tratando também.

“E temos sim que ter esse cuidado e respeito e tratar todos de igual pra igual, e isso é o que prevalece nos Doutorzinhos. Isso é o que sempre me preocupo de passar para os meninos, o valor que a gente tem que dar ao próximo é igual o que queremos para nós mesmo. Então se queremos respeito nós temos que dar o respeito. Se nós queremos a compaixão de alguém, a gente tem que ter compaixão de alguém”, finalizou ela.

Contudo, como todo projeto, a coordenadora está buscando mais apoio para criar um calendário anual com ações e projetos sólidos que possam ser desenvolvidos de acordo com a necessidade. Também busca a concretização de toda a documentação, incluindo o registro do projeto como uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Precisam do apoio da comunidade e a inclusão de mais pessoas que estejam dispostas a doar seu tempo.

Para mais informações, entre em contato pelo número: (37) 9.9128-5003. Ou pelo email: [email protected].

 

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