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Prefeitura nega proposta do Hospital e trabalhos na Sala Vermelha são suspensos

Sala Vermelha recebe atendimentos de urgência e emergência, que agora serão transferidos para Unidade de Pronto Atendimento de Lagoa da Prata

Os trabalhos vinculados à Rede Resposta serão suspendidos na Sala Vermelha do Hospital São Carlos, que é onde acontece os atendimentos de urgência e emergência. A informação veio através do Ofício nº 135/2019 da Fundação enviado à Superintendência Estadual de Saúde no dia 26 de junho, após a proposta apresentada pela Fundação à Administração Municipal pedindo que o munícipio volte a auxiliar o Hospital com o convênio, ter sido negada pela Prefeitura. A suspensão dos trabalhos na Sala Vermelha foi autorizada pelo Poder Judiciário de Minas Gerais, já que o Estado não está cumprindo com os repasses a Fundação São Carlos.

De acordo com o Ofício, a Sala Vermelha ficará fechada para a Rede Resposta até a regularização dos passes financeiros por meio do Estado de Minas Gerais.

Por conta disso, os atendimentos de urgência e emergência, agora serão encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O que muda

Antes, todos os atendimentos de urgência e emergência tinham como porta de entrada direta a Sala Vermelha. No entanto, agora, o primeiro atendimento será na Unidade de Pronto Atendimento, onde o paciente será cadastrado no SUS Fácil e só então será encaminhado para uma unidade hospitalar, dependendo ainda da disponibilidade de leitos. Podendo ser o Hospital São Carlos, ou outros hospitais da região. O que poderá interferir na agilidade de atendimento, que neste caso tem extrema importância para a vida do paciente.

Proposta do Hospital para Prefeitura

Para tentar resolver o problema financeiro do Hospital São Carlos, foi realizada uma reunião para tentativa de mediação sanitária, com a participação da Coordenadoria Regional das Promotorias de Defesa da Saúde da Região Oeste, Superintendência Estadual de Saúde, representantes do Conselho Regional de Medicina e Conselho Municipal de Saúde, direção do Hospital, secretário de Saúde Geraldo de Almeida, e promotor de Lagoa da Prata Luís Augusto onde foram levantadas todas as questões da Fundação. Nesta mesma ocasião, a direção do Hospital propôs um plano de trabalho para a Prefeitura, na qual solicitavam que o município retomasse com o convênio encerrado em 2016, para o atendimento de pacientes SUS, no entanto, a Prefeitura não atendeu ao pedido.

Conforme o promotor Luís Augusto, o plano de trabalho apresentado pela Fundação São Carlos, caso atendido pela Prefeitura seria suficiente para reestabelecer o pagamento dos médicos e consequentemente reestabelecer a normalidade de todos os serviços do Hospital.

Em uma conversa por telefone com o Jornal Cidade, o secretário de Saúde Geraldo de Almeida, informou que a proposta foi negada pois não apresentava dados fundamentados de que esta ação resolveria o problema do Hospital. “No ato dessa reunião, o Hospital levantou uma proposta de que o município fornecesse um convênio de R$ 180 mil reais mensais. A Administração Municipal, juntamente com a Secretaria de Saúde não aceitou essa proposta porque não havia nenhum demonstrativo por parte do Hospital de que este valor iria resolver o problema da desassistência que está acontecendo lá, ou seja, faltou demonstrativos financeiros, não havia nenhum demonstrativo de que as despesas efetuadas pelo hospital são efetivas, que seja custo de mercado da região. Além disso, o prefeito entende que a atual gestão do Hospital São Carlos não disponibiliza com transparência os recursos arrecadados públicos e privados e também as despesas, por isso, não dá para colocar dinheiro público numa instituição que tenha esse modelo de gestão”, ressaltou.

Porém, como já informado pelo Hospital e até confirmado pelo secretário de Saúde em audiência, todas as prestações de contas que a Fundação devia para o município enquanto o convênio municipal vigorava foram feitas corretamente.

Por fim, Geraldo afirmou que como vários municípios da região recebem atendimento no Hospital São Carlos, o ideal seria um rateio entre todas as cidades. “É preciso deixar claro para a população que o Hospital de Lagoa da Prata não é do município e nem é municipal, ele não atende só a população de Lagoa. Então as cotas de vários outros municípios da região, cotas de internações, cirurgias estão alocadas no Hospital São Carlos. Entre 30 a 35% dos atendimentos da instituição pelo SUS são feitas para a população de outros municípios aqui da região. Então, se há necessidade de haver complementação dos serviços públicos, isso tem que ser rateado proporcionalmente por todos os municípios que tem atendimento em Lagoa da Prata”, finalizou Geraldo.

Convênio entre Administração Municipal e Hospital

Durante muitos anos o município financiou parte dos atendimentos públicos do Hospital São Carlos através de convênio. Este convênio financiava pagamentos médicos que executavam escalas de sobreaviso nas clínicas obstétrica, médica, pediátrica e anestésica, cirurgias eletivas como de apêndice e vesícula e cirurgias de urgência, porém, em 2016, o convênio foi interrompido. O Hospital continuou prestando atendimento a pacientes SUS, porém a continuidade desses atendimentos tornou-se inviável após a inadimplência do Estado de Minas Gerais.

O que é Rede Resposta?

A Rede Resposta é um convênio estadual, no qual municípios da região cooperam entre si para promover atendimentos de urgência e emergência com eficiência. O Hospital São Carlos faz parte da Rede Resposta Hospitalar – Macro Oeste, e está enquadrado no Nível III, que se refere a hospitais que são capazes de promover plantão presencial 24 horas, com médicos clínicos, pediatra, enfermeiro e equipe de técnicos e auxiliares de enfermagem. Plantão médico alcançável das especialidades: gineco-obstetra, cirurgião geral, traumatoortopedista e anestesista e que possuí recursos tecnológicos presentes no hospital, tais como análises clínicas laboratoriais, eletrocardiografia, radiologia convencional, agência transfusional, sala de ressuscitação com RX móvel e ultrassonografia e sala cirúrgica disponível para pronto socorro.

 

 

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