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Ponte Olegário Maciel é interditada e corre risco de desabar

Após exatos 9 meses da liberação do trânsito na ponte Olegário Maciel, que liga os municípios de Luz e Lagoa da Prata, ela foi novamente interditada por motivos de segurança.

Em entrevista ao repórter Luiz Francisco, da rádio Veredas, o prefeito Paulo Teodoro explicou a decisão. “Foi necessário, não é uma boa notícia, pois o problema continua. Em relação à ponte nova,  está todo mundo brigando e o Governo do Estado enrolando; não dá uma definição. Fizemos paliativo na ponte antiga construímos uma parte de madeira, até então estava funcionando bem, porém agora a coisa agravou. O departamento de engenharia da prefeitura, Usina e Embaré fizeram a análise e certificaram com laudos que a ponte antiga está caindo mesmo, então antes que aconteça uma tragédia a interditamos. O prefeito de Luz também está acompanhando de perto e fará o mesmo pronunciamento no município”, afirmou.

Teodoro também informou que a prefeitura juntamente com os empresários lutarão pela causa. “Já entramos em contato com alguns deputados. Entramos na justiça com uma ação contra o Governo do Estado”, enfatizou.

Faltando apenas  5%  para a conclusão da obra da ponte de concreto, que  teve a construção iniciada em  2012  e está parada desde 2014, o atraso da entrega é devido ao repasse do Governo Federal na última parcela do empréstimo feito com o Banco do Brasil, que deveria ter sido paga em setembro daquele ano.

Solução para os produtores rurais

A ponte Olegário Maciel, que também é conhecida por ponte do rio São Francisco, foi construída em 1925, e segundo o Sindicato Rural de Lagoa da Prata, são mais de 400 produtores que precisam escoar a produção por meio dela. O trecho também é parte do trajeto de cinco caminhões que levam diariamente 35 mil litros de leite de uma cooperativa de 180 produtores do distrito de Esteios, pertencente a Luz, até a empresa Embaré Indústrias Alimentícias.

Dificuldades

Após a interdição os produtores rurais de Lagoa da Prata e Luz têm percorrido cerca de 100 quilômetros a mais que o normal para escoar a produção. A afirmação é do sindicato que representa o setor. O problema se deve à interdição da ponte de ferro que liga os dois municípios. A estrutura foi interditada pela primeira vez em 2014, quando uma carreta carregada com brita passava sobre ela. Ela chegou a ser reaberta seis meses depois, mas está novamente comprometida.

A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) informou que a nova ponte será concluída. A previsão de que ela fique pronta ainda no primeiro semestre de 2016. Porém, o órgão não especifica uma data. Ainda segundo a Setop, a empresa contratada para executar o serviço deverá retomá-lo ainda nesta semana, após um recesso coletivo. O órgão também afirmou que o período de chuvas deixa o ritmo das obras mais lento.

Carlos Henrique Lacerda, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lagoa da Prata, explica que cerca de 180 mil litros de leite são escoados todos os dias por meio da ponte. “Agora o pessoal tem que dar uma volta longa, pagar pedágio e ainda tem a usina açucareira, que faz o plantio da safra. Todos os dias eles levam dois ônibus cheios de gente para o serviço. Nós temos as produções de abacaxi e de melancia que vêm de Luz”, contou.

Por enquanto, podem passar sobre a ponte apenas bicicletas e motos. Alguns motoristas desrespeitam a ordem judicial e passam com seus automóveis. A produtora rural Ana Carvalho questiona a decisão. “Que proíbam então os caminhões pesados, os maquinários da usina. Somos nós que trabalhamos do lado de lá. Pessoas que dependem de médico na cidade“.

Uma possível solução para esse problema fica bem perto da ponte de ferro. É outra ponte, mais moderna, que começou a ser construída, mas não foi concluída. A estrutura tem 220 metros de extensão por dez metros de largura, mas as cabeceiras e as laterais não estão prontas. “O Estado, por falta de recursos, deixou de pagar a empresa, que paralisou a obra há mais de um ano”, ressaltou a secretária municipal de Obras de Lagoa da Prata, Anita Nessas.

Além do prejuízo material, há o risco. Vamos ter que enfrentar a BR-262, andando 110 quilômetros a mais, sendo que normalmente faço só dez para chegar à minha propriedade“, reclama o produtor rural Marcos Miranda.

*Com informações do G1

*Fotos: Robson Morais.

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