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Para expandir os negócios, Embaré procura nova área para abrigar segunda fábrica

Empresa fabricante de produtos lácteos já recebeu propostas de outros municípios e Estados; exportação dos produtos regionais já é feita para quase 50 países

HELENICE LAGUARDIA/O TEMPO – Os caramelos de leite da Embaré, com fábrica em Lagoa da Prata, no Centro-Oeste mineiro, já fazem parte da história da empresa, com 78 anos. Há menos de um ano, deliciosos caramelos de iogurte nos sabores manga, abacaxi, papaia e melancia já são o carro-chefe de vendas para a Rússia – no Brasil, ainda não tem porque a empresa precisa tropicalizar o produto devido ao calor.

Com uma família de laticínios e doces, exportação para 47 países e uma capacidade instalada de 2 milhões de litros de leite por dia, o diretor-presidente da Embaré, Hamilton Antunes, diz que a fábrica ainda pode crescer 33% na captação de leite, sem a necessidade de investimentos. Depois, é preciso expandir.

Por isso, Antunes já analisa propostas de outros municípios mineiros e de outros Estados para construir uma segunda fábrica. “Existem, em Minas Gerais, municípios que já nos convidaram, e esse convite vem com a oferta de área e infraestrutura. Nos outros Estados, temos benefício fiscal e tributário como isenção e diferimento do imposto durante algum tempo. Estamos avaliando as propostas. Será uma nova planta”, confirma.
Mas um projeto como esse não sai do chão fácil. “A grande maioria dos equipamentos para a indústria do leite em pó é importada”, explica Antunes. Por isso, a nova unidade vai demandar de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões em investimentos, de acordo com os cálculos do executivo. “A empresa quer estar em locais que tenham leite e que não sejam tão assolados em intempéries”, diz Antunes.
Em Lagoa da Prata, onde foram investidos R$ 250 milhões nos últimos 13 anos, Hamilton Antunes estima alcançar a capacidade instalada até o fim de 2014. Enquanto isso não acontece, o incremento no resultado é constante. No ano passado, o faturamento líquido da empresa cresceu 18,5% enquanto o faturamento em tonelagem cresceu 34%. Foram R$ 750 milhões de vendas brutas, e, neste ano, a projeção é de R$ 960 milhões. “E estamos buscando R$ 1 bilhão no faturamento global da empresa”, diz.
De 1,5 milhão de litros de leite por dia, uma pequena parcela vai para o doce – caramelo e doce de leite – que representa apenas 9% do negócio em faturamento. “Um caramelo tem leite e alimenta. Infelizmente, a nossa concorrência é com bala dura que tem só glucose, essência e corante”. Por isso, a produção de leite é usada para o leite em pó e o de caixinha principalmente.

Mercados
1.800
produtores de leite e algumas cooperativas fornecem para a Embaré
47
países no mundo recebem os produtos fabricados pela Embaré, em Minas Gerais
8.700
toneladas de doce para o mercado interno e 4.300 t exportadas em 2012

Captação de leite

Em 1993: 270 mil litros de leite in natura comprados

Em 2000: 750 mil litros de leite in natura por dia; crescimento de 150% da capacidade em lácteos

Em 2004: 1,1 milhão de litros de leite por dia; e investimento na fábrica de leite condensado, creme de leite e bebida láctea

Em 2008: 1,7 milhão de litros de leite por dia; e planta de leite em pó

Em 2011: 2 milhões de litros de leite por dia ; e planta de leite de caixinha

Foto: Paula Huven/O Tempo

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