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Pará de Minas – Copasa diz que está empenhada em resolver problemas

Prefeito falou na quarta (28) que não vai renovar com companhia. Cidade enfrenta falta de água desde setembro de 2013.

 

 

O diretor de Operação Metropolitana da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Juarez Amorim, falou sobre a afirmação do prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio, foi feita nessa quarta-feira (28/05), de que será aberto um edital para contratação de uma outra empresa de abastecimento e tratamento de água na cidade. Amorim também comentou novamente as declarações sobre as questões de discordância entre a companhia e a Prefeitura.

 

Aos pontos de vista  técnicos diferentes, Juarez acrescentou que não concorda em pagar a contrapartida exigida pelo município e de acredita que será difícil que muitas empresas se interessem pela licitação. O secretário de Comunicação, Lú Pereira, que falou em nome do Prefeito nesta quinta-feira (29) ao G1, disse que o projeto foi apresentado a várias empresas, inclusive de outros estados e de capital estrangeiro. “Há sim muitos interessados, principalmente pelo fato de que seria uma forma de entrar em Minas Gerais, onde a Copasa domina”, declarou. Sobre a quantia que teria que ser paga, Pereira explicou que é um pagamento feito porque a Copasa irá ter um lucro significativo caso permaneça no município. A Copasa informou que a empresa não participa de processos licitatórios.

O impasse sobre o contrato de prestação de serviços da estatal, já vencido,  começou em outubro de 2013. Na mesma época, a cidade começou a enfrentar problemas com o abastecimento de água .  O Prefeito já assinou dois decretos por causa da situação e a população enfrentou racionamento.

Juarez Amorim salientou que enquando a questão do contrato não for solucionada  a empresa continua a prestar o serviço na cidade. “Continuamos a trabalhar com soluções para diminuir o sofrimento da população, inclusive nesta sexta-feira (30), uma equipe técnica irá acertar detalhes sobre a captação de água no Rio Paraopeba”, destacou. A Prefeitura confirmou que a Copasa permanece na cidade pelo menos até a contratação de outra empresa.

Abertura de licitação
O prefeito Antônio Júlio, protocolou na tarde de ontem o projeto de lei que autoriza o poder Executivo a abrir o processo licitatório para contratação de uma empresa para captação e abastecimento de água, além do tratamento do esgoto no município. Segundo a Prefeitura, a decisão foi tomada depois que a Copasa, entregou um documento no qual disse que discorda de alguns pontos do Plano Municipal de Saneamento Básico. O plano foi enviado para a empresa no dia 23 de maio para que a empresa se posicionasse até hoje. Entre os dias 6 e 9 de junho, o edital será disponibilizado para consulta pública.

O secretário de Comunicação contou que o novo contrato será mais rígido. “A empresa que ganhar terá que garantir o abastecimento de água na cidade, caso o problema persista multas milionárias serão aplicadas. Com isso, o que aconteceu agora não vai se repetir, a Copasa não investe”, disse.

Pontos questionados pela Copasa e Prefeitura
O diretor da Copasa declarou em uma entrevista coletiva na quarta-feira que, sob o ponto de vista técnico, há questões que a concessionária tem um entendimento diferente do da Prefeitura. “O Plano aponta que a primeira ação deve ser a ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA). Nós entendemos que a prioridade é construir a adutora que trará água bruta do Rio Paraopeba para a ETA de Pará de Minasx”, afirmou Amorim. Já a Prefeitura afirmou que a ETA em Pará de Minas não seria suficiente para receber um volume maior de água. ” É preciso construir uma ETA no Rio Paraopeba e não deixar para recebê-la em Pará de Minas”, afirmou Lú Pereira.

Sobre o projeto de buscar água do Rio Paraopeba para abastecer Pará de Minas, Amorim mostrou documentos com estudos e projetos elaborados em 2008, um ano antes de um outro contrato vencer. “Mas, com o contrato prestes a vencer, não podíamos iniciar a execução das obras”, afirmou. O município questionou o porquê de o projeto já não ter sido executado. ” Foi elaborado a tanto tempo, porque só agora querem tirá-lo do papel”, disse o representanto do Executivo.

[pull_quote_right]O problema é muito mais grave que a gente possa imaginar, por isso temos que estar juntos. Há oito meses, a prefeitura deu à Copasa todos os instrumentos para que ela pudesse ser mais ágil nas decisões[/pull_quote_right]

A Prefeitura considerou o posicionamento da Copasa como uma forma de não cumprir o Plano de Saneamento Básico aprovado na Câmara Municipal e que a empresa não está de fato empenhada em resolver os problemas de abastecimento de água na cidade. “O problema é muito mais grave que a gente possa imaginar, por isso temos que estar juntos. Há oito meses, a prefeitura deu à Copasa todos os instrumentos para que ela pudesse ser mais ágil nas decisões”, afirmou o prefeito.

 

Fonte: G1

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