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Outubro Rosa: A conscientização é o caminho para a prevenção do câncer de mama

Foto: Arquivo pessoal

Aos 41 anos, a artesã Elaine Aparecida Santos Cota, moradora do bairro Américo Silva, recebeu um diagnóstico que mudaria a sua vida. Foi no ano de 2008, ao fazer o autoexame, que ela descobriu a presença de um nódulo na mama e exames confirmaram a presença de um tumor maligno – ela tinha câncer de mama. “Pensei que iria morrer, que havia chegado meu fim!”, conta.

Passado o susto inicial, Elaine começou o tratamento, e relata as dificuldades físicas e emocionais encontradas: “Tive que retirar toda a mama, fiz quatro sessões de quimioterapia, plástica e reconstrução da mama com prótese, e acompanhamento médico durante um ano”, descreve a artesã, que ainda teve que encarar uma reincidência, e afirma ter buscado forças na família e na fé para conseguir vencer: “Durante o acompanhamento descobri que a doença havia reincidido e precisei então passar por cirurgia novamente, dessa vez para retirar a  prótese e fazer esvaziamento axilar (por medida de prevenção). Passei por outras quatro sessões de quimioterapia e por 30 sessões de radioterapia. Encontrei força em Deus, na família e não posso me esquecer do carinho, amor e dedicação recebidos por parte da igreja e amigos. Esse apoio foi fundamental para passar por essa difícil época da minha vida”, destacou.

Hoje, aos 51 anos, após vencer o câncer de mama, a artesã voltou às atividades do cotidiano e usa sua experiência para ajudar mulheres que estão passando pelo mesmo problema que ela enfrentou. “Estou totalmente curada, ainda faço acompanhamento de seis em seis meses por causa da reincidência. Porém, desenvolvo minhas atividades domésticas normalmente, trabalho como artesã, produzo bonecas de pano e artigos para quarto de bebê. Gosto de ajudar outras pessoas que passam por essa luta, sempre com palavras de conforto. Quem quiser me procurar para conversar, estou à disposição”, ressaltou.

Elaine durante o tratamento (Foto: Arquivo pessoal)

Às mulheres, Elaine lembra a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. “É fundamental que, nós mulheres, conheçamos nosso corpo. Precisamos sempre nos apalpar para ver se tem algum nódulo, e também é necessário fazer anualmente mamografia, sempre prevenindo. Porém, se o diagnóstico vier não tenha medo, mesmo que de início você fique assustada. Logo vem a certeza que Deus é nosso socorro! Sempre no início tudo é mais fácil de tratar, não protele qualquer anormalidade busque orientação médica”, aconselha, lembrando que é possível vencer a doença: “Assim como eu venci o câncer e hoje levo uma vida totalmente normal, outras mulheres também podem vencer. Agradeço por esta oportunidade de falar sobre o que passei, não foi fácil, mas superei!”, comemora.

O OUTUBRO ROSA

Histórias como a de Elaine são exemplos de como o diagnóstico precoce é importante para o tratamento do câncer de mama. Assim, o Outubro Rosa foi criado na década de 1990, como uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção. Em Lagoa da Prata, dados da Fundação Chiquita Perillo mostram que 71 mulheres com câncer de mama estão em tratamento.

Maria de Fátima Melo Soares é voluntária na Fundação Chiquita Perillo há 15 anos, onde ocupa o cargo de presidente, e reforça os cuidados com a prevenção, a importância do diagnóstico precoce, e lembra que o processo de conscientização precisa ser um esforço coletivo. “É essencial realizar sempre o autoexame. O ideal seria fazer, anualmente, a prevenção com mastologista, incluindo mamografia periódica, ultrassom, dentre outros. Toda a população pode e deve aderir a esta campanha de conscientização, por meio de ações variadas e criativas, como iluminação rosa, lacinhos, balões, folder e faixas”, salientou.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Ele corresponde a 25% dos casos novos a cada ano. Maria de Fátima alerta para a média de idade em que mulheres mais são diagnosticadas com a doença, e frisa que homens de qualquer idade também podem ser acometidos. “É mais comum na faixa etária de 45 a 50 anos, mas já aconteceu também, na Fundação, de duas mulheres se cadastrarem com câncer de mama com 24 e 26 anos. O processo de cura é longo, e normalmente a pessoa recebe alta por volta de dez a doze anos depois de iniciar o tratamento. O câncer de mama mata, mas a cura é possível e a prevenção é a solução”, finalizou.

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