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Obra de recuperação da ponte sobre o rio Jacaré ainda não tem data definida

Acidentes, trânsito interditado e sinalização são alvos de reclamações de motoristas. Prefeituras, políticos e empresários se unem para construir ponte provisória.

Rhaiane Carvalho

João Alves


Quem precisa trafegar pela rodovia MG 170, no trecho que liga Lagoa da Prata à Moema, tem sofrido. Além dos buracos na rodovia, o trecho sobre a ponte do rio Jacaré, que está interditado e ainda sem previsão para o início da obra pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER), segue prejudicando muitas pessoas, inclusive, em um curto espaço de tempo, 5 acidentes já foram registrados.

A reportagem do Jornal Cidade entrou em contato com o Departamento de Estradas e Rodagens, para saber sobre a atual situação da ponte e quando a obra deverá ser iniciada. “Aquela ponte foi interditada por um colapso estrutural na fundação. Ela está sendo observada por especialistas, inclusive, no dia 10 de fevereiro, foi um engenheiro especialista em pontes lá. O projeto de recuperação já está pronto, agora haverá uma licitação”.

O engenheiro ainda alertou sobre os riscos para quem não obedece a sinalização. “A gente pede que as pessoas não desobedeçam a sinalização, se a ponte cair, mata. Colocaram uma máquina lá e abriram, já pedimos até a atenção da polícia quanto a isso”.

Sobre a importância da agilidade da obra para as pessoas que precisam utilizar a rodovia, ele falou que o processo é burocrático e exige paciência.

“Sabemos da importância da rodovia para a região, estamos correndo atrás para que isso tenha uma solução mais rápida, mas são processos que não tem como correr. No dia 10 de fevereiro, já foram colocadas mais sinalizações, principalmente, pra quem vem de Moema. Também foi feita a roçada pra dar mais visibilidade aos motoristas. Ainda não existe uma data para o início da obra. Ela não será demolida, mas sim recuperada. Quando a obra começar, deve demorar, em média, 70 a 75 dias para ser concluída. Antigamente, as pontes eram construídas com trem trilho para 24 toneladas, e lá passava 50 toneladas; já pegamos caminhão com 80 toneladas”.

Na última entrevista ao Jornal Cidade, 6 de janeiro, José Tadeu disse que além da recuperação da ponte também será feita operação para tapar os buracos da rodovia. Já nessa entrevista do dia 10 de fevereiro, ele afirmou também que as balanças da região voltarão a operar.  “Inclusive, haverá a licitação para as balanças de Arcos, Córrego Fundo e Pedra do Indaiá, para que voltem a funcionar e a gente tenha maior controle desses veículos pesados, que acabam prejudicando até as estradas por excesso de peso”, disse o engenheiro do DER-MG.

A reportagem entrou em contato com as prefeituras de Lagoa da Prata e Moema para saber se está sendo feito algum alinhamento entre as prefeituras e o órgão para acelerar o processo de recuperação. A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Lagoa da Prata informou por meio de nota que está dando todo o suporte possível para amenizar os impactos da interdição. “Desde a interdição da ponte do sobre o Rio Jacaré na MG 170 os esforços da Secretaria Municipal têm sido diários. Máquinas da Prefeitura quanto da Raízen procuram dar todo o suporte necessário enquanto que a Embaré entrou com doação de britas e a Siderúrgica com Escória Peneirada procurando amenizar a situação. Nos últimos dias também fizemos uma compra emergencial dessa mesma escória que irá fazer com que diminuímos tais impactos. Importante frisar que apesar de todo o trabalho tal estrada não tem estrutura para tamanho movimento de veículos mesmo com atuação quase que diária tanto no tempo de chuva quanto de sol. No dia 26 de janeiro de 2022, foi realizada uma reunião na sede do DER com o diretor geral, sr. Robson Santana, onde compareceram os senhores Joanes Bosco, vice prefeito, Anderson Rodrigues, secretario de meio ambiente, Ivanir Junior, secretário de transportes e limpeza urbana, Douglas Lima, chefe de setor da secretaria de cultura, José Antônio Bernardes, representante da empresa Embaré e Karleone Vilaça, representando a empresa Raizen, onde fomos recebidos prontamente e conversamos buscando junto ao órgão agilidade na reforma da ponte, demonstrando grande preocupação com a população de Lagoa da Prata e municípios adjacentes. Bem como com o impacto causado nas empresas da região, que não conseguem escoar sua produção, causando um impacto gigantesco na economia.

Estamos em fase adiantada de um processo de cooperação junto a essas empresas para construção de ponte lateral à ponte interditada para que possamos melhorar o fluxo de veículos.

Contatos quase que diários são realizados entre nós e as empresas para que tanto situações de melhoria quanto do processo de construção de tais pontes possam acontecer da forma mais rápida possível. Placas de sinalização já estão sendo providenciadas para uma melhor sinalização”.

Procurada pelo Jornal Cidade, a Prefeitura de Moema também se manifestou sobre a interdição da ponte e comunicou que está em contato contínuo com o DER-MG. Leia a nota na íntegra:

“A equipe da Prefeitura Municipal de Moema, acompanhada por seu gestor municipal, foi ao DER /MG diversas vezes solicitar o conserto da ponte. Também estiveram presentes nessa cobrança, alguns deputados que se sensibilizaram com a causa, o presidente da AMM Julvan Lacerda, representando os municípios e também o gestor municipal de Lagoa da Prata. Inclusive, até mesmo empresas como Usina e Embaré também marcaram presença nessa solicitação, uma vez que, o problema da ponte gera um caos para todos os municípios da região e interfere drasticamente no trabalho de várias empresas.

Diante da situação, O DER/MG informou que o prazo estimado para o conserto da ponte é de 6 meses, lembrando que, quando aconteceu algo parecido com a ponte Santa Luzia, foram necessários 4 meses.

Na urgência de uma solução, a Embaré juntamente com a Usina, se disponibilizaram a fazer uma ponte provisória, semelhante a que fizeram no Rio São Francisco, com estrutura segura o bastante para que até mesmo carretas possam transitar.
Porém, para colocar a ideia em prática, era necessário que algum órgão público solicitasse a licença ambiental. A Prefeitura de Moema não pôde realizar este pedido, uma vez que a ponte não se encontra em nosso município, mas o gestor municipal de Lagoa da Prata realizou este requerimento, acionou o Sérgio e toda equipe do Meio Ambiente para mobilizar este feito e conseguiram requerer a licença, inclusive a Usina já está ciente de que o documento está pronto e em breve deve iniciar as obras dessa ponte provisória, que solucionará temporariamente até que o DER/MG finalize a ponte definitiva.”

O ex-prefeito de Moema, Presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM) e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Julvan Lacerda, informou que houve uma junção de esforços para cobrar o conserto da ponte entre os prefeitos de Moema e Lagoa da Prata, representantes da Raízen e Embaré, deputados, e o Julvan Lacerda.

“Aquilo está um caos para todo mundo. O DER nos falou que leva seis meses para arrumar aquela ponte. Mas nós não podemos esperar esse tempo. Então, a usina junto com a Embaré se disponibilizaram a fazer uma ponte, como fizeram sobre o rio São Francisco; eles têm capacidade técnica para isso. Uma ponte provisória que eles fazem em poucos dias, mas que pode ser utilizada com segurança. Entretanto, esbarrou na questão de licença ambiental e burocracia que o Estado tem; e aí tem que ser um órgão público para pedir essa licença ambiental. O DER não quis pedir; a Prefeitura de Moema não pode pedir por não ser no município de Moema; então o prefeito de Lagoa da Prata se prontificou. Inclusive, estão dispostos a fazer duas, uma de cada lado para ter fluxo constante. Acreditamos que nas próximas estaremos com fluxo estabelecido lá até que o DER arrume a ponte definitiva”.

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