Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte, Japaraíba e Moema obtiveram notas superiores às projetadas pelo Ministério da Educação (MEC), nos anos iniciais do Ensino Fundamental. É o que aponta o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referente ao ano de 2017, divulgado no dia 3 de setembro. O índice varia de 0 a 10 e leva em conta o rendimento escolar dos alunos (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e as médias de desempenho na Prova Brasil.
A educação das escolas municipais de Lagoa da Prata alcançou a média de 7,5, mesma nota obtida por Japaraíba. A pontuação das escolas municipais de Santo Antônio do Monte foi 7,3 em 2017. Já Moema teve uma média 6,9. O Ideb observado no país foi de 5,6. Na rede privada o indicador foi 7,1, e na rede estadual, no levantamento nacional, foi de 6,0. Os números se referem aos anos iniciais do ensino fundamental (4º e 5º ano).
A secretária de Educação de Lagoa da Prata, Paulene Andrade, ressaltou que o resultado positivo é fruto do trabalho em equipe e investimento. “Podemos atribuir esse resultado a dois fatores importantes: a dedicação e compromisso dos profissionais de excelência envolvidos e a atenção dada pela administração municipal na Educação. São muitos investimentos em infraestrutura, construindo e reformando nossas escolas, também na merenda escolar, que hoje é referência, e hoje temos um sistema de ensino semelhante ao da rede particular”, enfatizou.
Segundo Paulene, a meta é continuar melhorando sempre a qualidade do ensino municipal. “Nosso foco permanece na formação continuada dos professores da rede e sua valorização, pagando em dia os salários e outros benefícios. Queremos investir e melhorar ainda mais a qualidade de ensino oferecido pela rede municipal, e visamos dar a todos os nossos alunos oportunidades iguais de aprender com qualidade”, finalizou a secretária.
Em Santo Antônio do Monte, de acordo com Márcia Bernardes, secretária de Educação, o município investe na boa relação dos alunos, professores, famílias e comunidade. “Nós estruturamos um setor pedagógico na Secretaria de Educação, que busca facilitar e organizar os trabalhos nas escolas, através de especialistas e professores. As diretorias das escolas estão empenhadas em fornecer e garantir aos profissionais e alunos espaços físicos bem organizados, com disponibilidade de materiais. Além disso, nós temos uma política eficiente de alimentação e transporte escolar, e excelentes professores”, destacou a gestora da Pasta, em nota divulgada à imprensa.
NA CONTRAMÃO
Os dados divulgados pelo MEC mostram que, apesar do Brasil ter melhorado o seu desempenho nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º) – atingindo a nota de 4,7 -, a meta proposta não foi atingida. Minas Gerais foi o único estado a registrar queda em relação à edição anterior da avaliação. O Ideb do Ensino Médio, após três edições consecutivas sem alteração, avançou apenas 0,1 ponto em 2017. Apesar do crescimento observado, o país está distante da meta projetada para 2017, que é de 4,7. A nota foi de 3,7 em 2015 e atingiu 3,8 no ano passado.
Os números refletem o descaso com a Educação a nível nacional e estadual. Depois de décadas regredindo, a evasão escolar volta a preocupar. Um em cada quatro brasileiros abandonam os estudos anualmente, é que apontou o estudo Políticas Públicas para Redução do Abandono e Evasão Escolar de Jovens, elaborado pelo Ensino Superior em Negócios, Direito e Engenharia (Insper) e divulgado no ano passado. Dados do movimento Todos Pela Educação (TPE) ostram que 5,4% dos mineiros em idade escolar estão afastados das salas de aula. A defasagem salarial, os atrasos e divisões nos pagamentos dos profissionais da educação do estado estão se tornando um problema crônico.