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Minas Gerais tem 1º registro do vírus do Nilo transmitido por mosquito, afirma Fiocruz

Pesquisadores do país realizaram estudos científicos colaborativos, que resultaram na identificação do vírus no estado mineiro.

A Fiocruz emitiu um comunicado em seu portal nesta terça-feira (4), afirmando que o vírus do Nilo Ocidental, foi detectado pela primeira vez em Minas Gerais. O vírus é derivado de doenças de aves silvestres, no entanto, pode ser passado para outros animais e humanos por meio de mosquitos infectados. A identificação do vírus foi possível através de uma colaboração científica feita por pesquisadores que, confirmaram a circulação do vírus no Piauí e em São Paulo. Até o momento, o vírus foi identificado apenas em um cavalo, não há registros de humanos. 

A entidade reiterou em seu comunicado uma informação da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre os sintomas e a transmissão da doença. No caso de sintomáticos, é possível que infectados apresentem febre alta, convulsões, coma e paralisia além de rigidez da nuca.

“Segundo informações Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas. Entre os casos sintomáticos, a febre do Nilo Ocidental geralmente se manifesta de forma leve, com febre, dor de cabeça, cansaço e vômito. As formas graves da doença, como meningite e encefalite, atingem um em cada 150 infectados. Os sintomas podem ir de febre alta e rigidez da nuca a convulsões, coma e paralisia.

Mosquitos do gênero Culex, popularmente conhecidos como pernilongos ou muriçocas, são os principais vetores. Além de se infectar ao picar aves infectadas, os insetos transmitem o microrganismo para as próximas gerações de mosquitos. Os cavalos, assim como as pessoas, podem ser infectados, mas não transmitem o agravo,'” afirmou. 

Histórico do vírus do nilo

O patógeno (agente causador do vírus), foi isolado pela primeira vez em Uganda em 1937, ficando restrito apenas aos continentes: africano, europeu e asiático. Só em 1999, ele chegou nos Estados Unidos, gerando um surto de enorme proporção no país. Em seguida, se estabeleceu do Canadá à Venezuela. No Brasil, as primeiras evidências do vírus foram identificadas em 2009, no Pantanal, após estudos liderados pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que analisou amostras de cavalos do Pantanal.

A entidade destacou que, desde 2009 pesquisas apontam sinas de infecção pelo vírus em cavalos em pelo menos seis estados brasileiros, que são: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Espírito Santo, São Paulo e Ceará.  Casos humanos no país já foram registrados no Piauí, na qual, dez pessoas foram diagnosticas entre 2014 a 2020.

Neste novo estudo, foi registrado pela 1º vez a presença do vírus em Minas Gerais. Pesquisadores que trabalharam juntos na identificação do vírus em um novo trabalho, coletaram amostras positivas de cavalos que adoeceram entre 2018 e 2020. A Fiocruz diz que, de forma inédita, “os cientistas obtiveram ainda, o sequenciamento do genoma completo dos microrganismos nos três estados. Os resultados foram divulgados em artigo”, explicou em nota.

O pesquisador do Laboratório de Flavivírus do IOC e coordenador do estudo, Luiz Alcantara, explicou no comunicado sobre a procedência do vírus. “As aves silvestres são consideradas como “animais reservatórios” do patógeno. Assim como as pessoas, os cavalos são infectados acidentalmente, ao serem picados por mosquitos infectados. “O cavalo é a principal epizootia e atua como sentinela para a doença. Esclarecer os casos suspeitos é importante para detectar a presença do vírus na região e prevenir a transmissão para os rebanhos equinos e as pessoas”, afirma o pesquisador,” explicou Luiz.

 

 

 

 

 

 

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