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Médico fala sobre riscos da chikungunya, cuidados e tratamento

Em todo o estado de Minas Gerais, a dengue ainda é a doença mais transmitida pelo Aedes aegypti, mas a Chikungunya já não está tão distante como antes

Rhaiane Carvalho


Claramente, as atitudes do homem ou falta delas têm trazido à tona números elevados de doenças antes controladas ou até algumas novas. Na última semana, a Prefeitura de Lagoa da Prata divulgou um levantamento, apontando 181 casos de chikungunya e 32 de dengue. Mas o que se pode pontuar é que em 2019, a cidade, no mesmo período, registrou apenas sete casos da doença, e em 2020 o número também foi o mesmo, sete. O que demonstra que o homem tem sido o grande responsável por esse aumento por não tomar os cuidados necessários indicados pelos órgãos competentes.

O mais importante é que tudo isso é causado por um mosquito. Então, a gente tem que trabalhar para acabar com os focos. Para evitar focos do mosquito, é preciso manter os quintais sempre limpos, recolher, eliminar ou guardar longe da chuva todo objeto que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de ovos. O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados.”, disse o médico Túlio Azevedo.

O médico ainda falou sobre os sintomas e como deve ser feito o tratamento. “Os principais sintomas são febre e dor articular, que têm início cerca de 3 a 7 dias após o indivíduo ser picado por um mosquito infectado pelo vírus. Outros sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, inchaço nas articulações e manchas vermelhas pelo corpo. A maioria dos pacientes melhora em cerca de 7 dias de doença, porém, em uma parcela dos casos, os sintomas podem perdurar por meses. Em especial nos idosos e em pessoas com doenças nas articulações, os sintomas podem se tornar crônicos. O tratamento se dirige ao controle dos sintomas de dor articular, febre e mialgia. O uso de AAS e anti-inflamatórios é contra-indicado, sob o risco de sangramentos”.

De acordo com o site da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, Lagoa da Prata já registrou 283 casos prováveis de chikungunya somente esse ano, e destes, 181 já foram confirmados.

Grávidas devem ficar atentas

Durante a gestação, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. A gestante, além de receber o acompanhamento pré-natal e realizar todos os exames solicitados a fim de evitar que possíveis infecções sejam transmitidas ao bebê, deve estar atenta a uma das maiores ameaças do verão: o mosquito Aedes aegypti. Esse mosquito, além de transmitir a dengue,  também transmite a febre chikungunya e o zika vírus.

“A  infecção pelo chikungunya, no período gestacional, não está relacionada a efeitos teratogênicos. Existem raros relatos de abortamento espontâneo. Mulheres que adquirem chikungunya no período intraparto podem transmitir o vírus a recém-nascidos por via transplacentária, transmissão perinatal”, explicou o médico.

No caso de gestantes, ele ainda explicou como deve ser feito o tratamento. “A gestante deve repousar e se hidratar.  A automedicação não é recomendada, pois pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Por isso, na presença de sinais ou sintomas, é importante procurar um médico”.

Em todo o estado de Minas Gerais, a dengue ainda é a doença mais transmitida pelo Aedes aegypti, mas a chikungunya já não está tão distante como antes. Confira abaixo:

Mobilização e prevenção

Segundo a Assessoria de Comunicação, para mobilizar a população contra a proliferação de focos do Aedes aegypti, a Secretaria Municipal de Saúde junto ao setor de Vigilância Epidemiológica, iniciou diversas campanhas nas redes sociais, rádio, carro de som e e outras mídias para conscientizar a população  a fim de combater corretamente os criadouros do mosquito. Também foram feitos Levantamentos de Índice Rápido (LIRAa), que mede a manifestação do mosquito Aedes Aegypti no município. Após o resultado do LIRAa, realizou-se um trabalho de mutirão nos bairros com maior número de incidência do Aedes aegypti. 

A assessoria também informou que foi necessária  UBV costal (fumacê) nos bairros Américo Silva e Gomes, que tiveram maior número de notificações de dengue e chikungunya. Com o aumento destas notificações, foi liberado pela GRS o inseticida Aerosystem, o qual é realizado adentrando nos cômodos dos imóveis para combater o mosquito.

Além disso, médicos, enfermeiras e profissionais da epidemiologia,  passaram por capacitação sobre como enfrentar a circulação simultânea das arboviroses urbanas. “A orientação é para que a população procure a unidade ou serviço de saúde mais próximo de sua residência, assim que surgirem os primeiros sintomas”, solicitou a Secretaria de Saúde.

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que é alimentado diariamente com as notificações e investigações que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, após toda ação realizada,  notou-se uma redução dos casos de dengue e chikungunya, conforme mostra a tabela abaixo:

Saiba como se prevenir:

  • Evite água parada, pois é onde a fêmea do mosquito Aedes aegypti deposita seus ovos;
  • Mantenha bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
  • Lave semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
  • Remova galhos e folhas de calhas e não deixe água acumulada sobre a laje, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água;
  • Encha os pratinhos de vasos com areia até a borda ou lave-os uma vez por semana e troque a água dos vasos e plantas aquáticas também uma vez por semana;
  • Coloque lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas e feche bem os sacos de lixo e não deixe ao alcance de animais;
  • Mantenha garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
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