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Médica é agredida em UPA de Lagoa da Prata

Paciente fala que foi desrespeitada na unidade. Até o momento, a Polícia Civil não disponibilizou o boletim de ocorrência. Médica agredida e secretária de Saúde não quiseram se pronunciar sobre o ocorrido.

Na tarde desta sexta-feira (28), a Guarda Civil Municipal foi chamada para atender uma ocorrência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lagoa da Prata, onde uma médica foi agredida enquanto exercia suas atividades profissionais. A médica e a secretária de Saúde Sabrina Elen, não quiseram se pronunciar. O Jornal Cidade conversou com a paciente Mariana Santos que cometeu o ato de agressão, e ela afirmou que se exaltou pois chegou na unidade passando muito mal, com fortes dores no peito e que foi tratada com grosseria pela médica.

“Sou cardíaca e tenho inúmeros problemas de saúde comprovados por laudo médico. Cheguei passando muito mal, fortes dores no peito, quase inconsciente! Fui tratada com grosseria, a médica colocou o dedo na minha cara e gritando comigo falou que não iria me atender porque meu marido estava ao meu lado me amparado. Eu estava realmente mal, a minha atitude foi uma injúria porque acho que mesmo sendo pobre, mereço respeito e um atendimento justo, já que são muito bem pagos com o nosso dinheiro. Não é da minha índole fazer isso, mas fui mal tratada e humilhada! A justiça vai cuidar disso, e não me preocupo porque Deus é justo, e ele vê tudo e não faz diferença entre rico ou pobre, médico ou paciente! Vim me expressar porque fui mal tratada e não desejo isso pra ninguém, pois muitos brasileiros dependem do SUS”, disse.

O Jornal Cidade também conversou com uma moradora que não quis se identificar e que estava na UPA, que confirmou a versão da paciente Mariana. Ela disse que a médica  não quis prestar atendimentos, devido o marido estar a acompanhando, o que pode ter motivado a agressão. A unidade proíbe acompanhantes por causa da pandemia da Covid-19.

“Quando eu cheguei na unidade, a moça que agrediu a médica já estava lá, e o marido dela entrou como acompanhante, porque como ela é cardíaca, então tem direito a um acompanhante, eu penso assim, por mais que a gente esteja em período de pandemia, os dois estavam de máscaras. A moça estava na cadeira de rodas, prestes a desmaiar, tava passando muito mal e então eu ouvi a médica gritando que não iria atendê-la, por causa do marido estar ao lado dela”, disse.

A moradora disse ainda que se sentiu desrespeitada, assim como todos que estavam no local.  “A moça realmente estava passando mal, portanto a pressão dela estava muito alta. Ela se exaltou porque se sentiu humilhada, todos que viram aquela cena se sentiram humilhados, eu também me senti, porque eu preciso da unidade, se fosse alguém da minha família eu não faria diferente, eu também entraria no local acompanhando, porque a gente não sabe o que pode acontecer”, finalizou.

Vídeo que circula nas redes sociais, mostra muita movimentação e fortes gritos na Unidade.

Vídeo foi publicado em um grupo de Lagoa da Prata da rede social Facebook. (Foto: Reprodução/Internet).

De acordo com a Guarda Civil Municipal, foi lavrado boletim de ocorrência que, posteriormente, foi encaminhado à Polícia Civil. Em contato telefônico com a Delegacia de Polícia Civil de Lagoa da Prata, foi informado que, por enquanto, não é possível divulgar o boletim, uma vez que a ocorrência ainda se encontra em investigação.

O JC tentou contato com a médica agredida, que disse que por enquanto não quer falar sobre o ocorrido e aguarda orientações do seu advogado para um possível pronunciamento oficial. Quem também esteve na UPA após o incidente e falou com a reportagem do JC foi a secretaria de Saúde de Lagoa da Prata, Sabrina Elen. De acordo com a gestora da pasta, a secretaria acompanha o caso e o setor jurídico do município irá tomar as devidas providências.

Médicos e sociedade civil repudiam ato de violência 

A Unidade de Pronto Atendimento de Lagoa da Prata não possui profissionais de segurança para atender o corpo clínico em casos de agressões como o ocorrido na tarde desta sexta-feira. Nas redes sociais, médicos e sociedade civil manifestaram contra ato de violência na UPA.

Imagens das agressões sofridas pela médica em Upa de Lagoa da Prata
Médicos e sociedade civil compartilharam nas redes sociais imagens das agressões e texto de repúdio ao ato de violência na UPA. (Foto: Reprodução/Internet).

O Jornal Cidade vai continuar acompanhando o caso e assim que o boletim de ocorrência for disponibilizado pela Polícia Civil iremos repercutir.

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