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Manifestantes protestam contra presidente da Câmara

Dezenas de manifestantes compareceram à reunião da Câmara de Japaraíba para protestar contra uma decisão do presidente da casa, o vereador Samuel da Imperial. Ele realizou um processo seletivo simplificado para a contratação temporária de cinco funcionárias e, segundo os manifestantes, não providenciou a divulgação necessária do edital. O documento ficou exposto no mural de recados do Legislativo. Candidataram-se e foram aprovadas no processo seletivo somente cinco pessoas, dentre elas, a nora do presidente.

Dezenas de manifestantes lotaram o plenário

Os manifestantes, em sua maioria, eram jovens que poderiam concorrer às vagas. Mas também havia empresários e até o pároco local, padre Leonardo Campos, que, durante a sessão, manifestou-se com veemência em favor das reivindicações da população. O presidente pediu que o pároco não se manifestasse. “O senhor é uma autoridade. Nós respeitamos a casa do senhor”, disse Samuel. Uma mulher do plenário retrucou dizendo que eram os manifestantes que se sentiram desrespeitados. Houve vaias.

O vereador Artur do Grilo fez uso da palavra e disse que a decisão de fazer o processo seletivo partiu diretamente do presidente. “Nós não tivemos participação nisso”. O público aplaudiu a manifestação do parlamentar e o presidente encerrou a reunião, novamente sob vaias dos manifestantes.

Vereador Samuel, presidente da Câmara

O presidente Samuel disse ao Jornal da Cidade que o processo seletivo foi feito conforme determina a lei. O Regimento Interno da Câmara, segundo ele, prevê que os editais devem ser divulgados no mural, mas a população não tem o hábito de visitar a casa e nem mesmo ler os editais que são publicados. Para ele, a manifestação tem cunho político, já que os vereadores estão analisando a prestação de contas da administração anterior, do ex-prefeito José Antônio, que teriam sido reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.  Samuel disse que as contratações foram feitas temporariamente, até a realização do concurso público.

 

TRANSPARÊNCIA

Durante a sessão, a vereadora Celi Veloso apresentou várias denúncias que teriam sido supostamente cometidas pela administração anterior do prefeito José Antônio. O Jornal da Cidade protocolou um ofício junto à secretaria da Câmara solicitando cópia do áudio da sessão ordinária, cópia do parecer do presidente sobre a realização do processo seletivo, cópia das denúncias apresentadas pela vereadora Celi Veloso e solicitação de outras informações.  A Câmara de Japaraíba não forneceu nenhum dos documentos solicitados. O presidente ainda tentou impedir que a reportagem gravasse imagens durante a sessão.

 

O POVO FALA

Matilde Fernandes

Matildes Fernandes Pereira de Andrade, auxiliar de serviços de saúde:  “Tem que existir mais democracia. O presidente não teve saída para o ato que cometeu. Falaram muito de irregularidades da administração interior. Eles tem muito pouco tempo de administração para provocar um alvoroço desses na cidade. Não concordo com irregularidades nenhuma”.

 

Maria Geralda: “Usaram este processo não seletivo, mas sim

Maria Geralda

indicativo. Indicaram essas pessoas de uma maneira que excluiu o restante da população com a finalidade de privilegiar mesmo. Não divulgaram o processo seletivo. Eu, como cidadã, queria ter participado. Não pude participar por não saber”.

 

 

Vereador Arthur

Artur do Grilo, vereador: “O povo sempre tem razão. As coisas foram feitas muito corridas e não ficou clara para a sociedade. O povo foi consolidar um pedido do nosso vigário”.

Cláudio Roberto Andrade: “Tivemos uma reunião na terça 16 e o processo foi realizado na quarta 17. E mesmo assim não foi falado nada

Vereador Cláudio

na reunião, não nos disseram nada. Se nós que fazemos parte dessa casa não ficamos sabendo do processo seletivo, como é que o povo iria ficar sabendo? Com certeza é uma situação que requer que a Câmara investigue, que o Ministério Público investigue”.

Angelina Augusta Ferreira, ex-funcionária da Câmara: “Eu trabalhava de carteira assinada na Associação dos Pequenos Produtores. Então eles me convidaram para trabalhar e vim. Entrei dia 4 de fevereiro na Câmara. Eu não sabia do processo seletivo. Não participei.

Angelina Augusta

Eu era a mais interessada, pois já estava trabalhando. Fiquei muito chocada e muito triste. Tive que largar um serviço de carteira assinada para vir para a Câmara. Hoje estou desempregada”

 

Luis Carlos Davi, topógrafo: “Um erro não justifica o outro. Se aquilo tudo for verdade (denúncias da vereadora Celi), tem que ser investigado. Uma cidade desse tamanho, que tinha que ser um exemplo, está uma vergonha”.

 

 

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