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Lagoa da Prata – Vereadora da “saúde” é transferida para a varrição de ruas

Servidora concursada para exercer originalmente essa função, Cida Marcelino trabalha desde 2003 em setores de atendimento ao público.

 

A vereadora Cida Marcelino é servidora municipal concursada para o cargo de auxiliar de serviços públicos (função exercida por garis, faxineiras etc) na Prefeitura de Lagoa da Prata desde 1994. Desde a sua admissão, trabalhou em três secretarias, dentre elas, a de saúde, na qual fez carreira política e teve o reconhecimento do público atendido que a elegeu vereadora na atual legislatura.

Ela afirma possuir um carcinoma (tumor maligno na pele) que a impede de executar trabalhos ao sol e, desde 2003, no mandato do ex-prefeito e atual secretário de Administração, Zezinho Ribeiro, vem prestando serviço em outros setores, porém, recebendo os vencimentos de auxiliar de serviços públicos.

No mês passado, o governo municipal a transferiu para a varrição de rua. Cida Marcelino cumpre a jornada de oito horas diárias de trabalho varrendo a garagem municipal e calçadas ao redor.

[quote_box_right]Quando tomei posse no cargo de vereadora, após aproximadamente dois meses comecei a ter problemas em função dos meus votos na Câmara Municipal. Durante esse tempo fui transferida para vários setores[/quote_box_right]

Segundo ela, essa transferência aconteceu em retaliação do Executivo por causa de seu posicionamento político de oposição ao governo. “Quando tomei posse no cargo de vereadora, após aproximadamente dois meses comecei a ter problemas em função dos meus votos na Câmara Municipal. Durante esse tempo fui transferida para vários setores”, reclama Cida.

A vereadora ainda disse que pediu ao prefeito Paulo César Teodoro licença do trabalho na prefeitura, sem remuneração, para se dedicar às atribuições no Legislativo, mas o pedido lhe foi negado. “Entendo que para melhor fiscalizar o Executivo tenho que me afastar de minha função na prefeitura, pois assim estarei, de fato, independente para analisar e votar projetos sem a pressão do serviço público”, acrescenta.

[pull_quote_left]Para mim, gari é uma das profissões mais dignas. Tanto que pedi para o chefe do setor para me encaminhar para a varrição das ruas do município, entretanto, recebi negativa do meu pedido[/pull_quote_left]

Cida Marcelino está trabalhando separadamente dos outros servidores do setor de limpeza, numa espécie de quarentena. “Para mim, gari é uma das profissões mais dignas. Tanto que pedi para o chefe do setor para me encaminhar para a varrição das ruas do município, entretanto, recebi negativa do meu pedido”, desabafa a vereadora.

 

OUTRO LADO

 

O Jornal Cidade entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Lagoa da Prata para ouvir a versão do governo sobre o fato. Mas a Administração Municipal preferiu não comentar o caso.

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