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Lagoa da Prata registra o maior índice de infestação do Aedes

Foto: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Lagoa da Prata.

Estatística feita em janeiro mostra que a cidade está com alto risco de propagação de doenças transmitidas pelo mosquito. A maioria dos criadouros está em residências

A Vigilância Epidemiológica de Lagoa da Prata realizou entre os dias 8 e 12 de janeiro o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que registou o maior índice de infestação na cidade. O município se enquadrou na categoria alto risco por apresentar 10.0 de infestação. “O LIRAa é realizado três vezes ao ano nos meses de janeiro, março e outubro, datas estabelecidas pela Secretaria Regional de Saúde. Ele é feito durante cinco dias, e neste período os agentes de endemias recolhem larvas para análise em laboratório e então verificar nosso índice de infestação em relação ao Aedes aegypti”, disse Janeany Almeida, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lagoa da Prata.

Para que o município apresentasse baixo risco o número deveria ter sido de até 0,9, e para médio risco, de 1.0 a 3.9. Mas, infelizmente, a estatística exacerbada desta vez é recordista. A coordenadora destacou que os agentes de endemias têm seus trabalhos padronizados pelo Ministério da Saúde em todo o território nacional. “Por dia, eles devem trabalhar entre 25 e 32 imóveis. A função dos agentes de endemias é entrar no imóvel, fazer a vistoria e identificar focos ou/e lugares de risco para a criação do mosquito, eliminar e orientar a população, realizar campanhas educativas, trabalhando assim para a prevenção de riscos de doenças como a Dengue, Chikungunya e Zica Vírus”, explicou.

Mesmo com o trabalho dos agentes, a coordenadora frisou que é importante a participação e colaboração da população. “Sabemos que o setor público tem, sim, suas responsabilidades para o trabalho de combate e prevenção ao Aedes aegypti, porém a população é a principal aliada para que isso aconteça. De acordo com o resultado do último LIRAa, o maior número de focos foram encontrados dentro das residências”.

COMO A POPULAÇÃO PODE AJUDAR

A população tem como responsabilidade cuidar do seu próprio quintal e evitar o acúmulo de lixo dentro deles, evitando, assim, possíveis focos do mosquito. “Os proprietários de lotes vagos devem cuidar da limpeza e conservação dos mesmos, e a população contribuir sem jogar lixo nesses lotes. Os coletores de recicláveis devem estocar seus objetos de forma adequada em lugares cobertos e fechados. É importante também receber sempre os agentes de endemias e seguir suas orientações, pois são treinados e capacitados para realizar o trabalho, tratá-los com respeito e educação”, afirmou Janeany.

Os meses de maior preocupação para infestação do Aedes aegypti é de setembro a março de cada ano, pois é neste período que as chuvas são mais frequentes e o tempo fica propício para o desenvolvimento do mosquito. Porém, é importante ressaltar que a prevenção deve ocorrer durante todo o ano, eliminando, portanto, todos os possíveis focos e evitando o acúmulo de lixo.

ESTADO DE ALERTA

Segundo a coordenadora, em 2018, foram registradas apenas duas notificações de dengue. “Isso não significa que estamos correndo o risco de haver uma epidemia em nosso município em caso de circulação de um vírus diferente dos que já circularam em nossa área”.

PLANO DE AÇÃO PARA ELIMINAÇÃO DO MOSQUITO

Diante do alerta apontado pelo LIRA, a administração Municipal de Lagoa da Prata, através da Secretaria Municipal de Saúde, em combate ao mosquito Aedes aegypti deu início a um plano de ações para eliminar os focos e criadouros do mosquito, estabelecendo parcerias com as secretarias de Transporte e Limpeza Urbana, Meio Ambiente, e Educação, e convocou a população para juntos evitarem um novo surto das doenças transmitidas pelo mosquito.

Além disso, criou parcerias entres todos os setores públicos e iniciou no mês de janeiro o mutirão de limpeza, onde os agentes de endemias fazem vistorias nas residências, identificando possíveis focos, orientando a população a eliminá-los. “Os agentes de Saúde realizam um trabalho de orientação e informação sobre o mutirão, e o setor de transporte e limpeza urbana realizam a retirada do lixo colocado para fora das residências de acordo com a programação informada aos moradores de cada bairro”, explicou Janeany.

Outra parceria foi em relação à criação do Comitê Municipal de Mobilização e Combate à Dengue, Chikungunya e Zika, que está em vigor desde o ano de 2016, fortalecendo vínculos entre o setor público, privado e a sociedade civil. O comitê tem como finalidade acompanhar, monitorar o serviço de combate a endemias, criar campanhas, ações educativas para a prevenção e combate à Dengue, Chikungunya e Zika. Fazem parte membros de setores públicos, como secretarias de Saúde, Educação, Transporte e Limpeza Urbana, Assessoria de comunicação, SAAE, Câmara Municipal, Conselho Municipal de Saúde, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal; das empresas privadas Pharlab, Biosev, Ace/Cdl e Embaré, que se reúnem mensalmente para debater e propor melhorias.

A FEBRE AMARELA

Na atenção ao surto de febre amarela que acontece no Estado de Minas, o município iniciou a vacinação de pessoas moradoras nas áreas de risco, através de busca ativa, visitação de equipe de vacinação em toda a zona rural do município, e mantém a vacinação contra a febre amarela em todas as suas unidades básicas de saúde. No dia 6 de fevereiro, a Secretaria Municipal de Saúde realizou a campanha de vacinação, que se estendeu até o período noturno para que a população pudesse ser imunizada.

O Centro Oeste de Minas já tem quatro casos suspeitos de febre amarela e uma morte confirmada. As ocorrências se concentram em Carmo da Mata, Itaúna e Estrela do Indaiá. Em Bambuí e Divinópolis, macacos foram encontrados mortos neste início de mês, mas ainda não há confirmação sobre a causa da morte.

Até o dia 26 de janeiro, 55 mil doses da vacina foram disponibilizadas pela Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis para todas as secretarias municipais que dela fazem parte.

QUEM ESTIVER COM A DOENÇA PRECISA USAR O REPELENTE TAMBÉM

Além das medidas para evitar a proliferação do mosquito, é preciso também evitar que os vírus transmitidos por eles se propaguem. Se alguém estiver com alguma das doenças (dengue, zika, chikungnya e febre amarela), é muito importante que ela também use o repelente para não infectar o mosquito, que é o vetor da doença. Embora seja uma medida paliativa, o repelente pode evitar que a pessoa seja picada pelo mosquito infectado ou que um mosquito não infectado se contamine ao picar uma pessoa que já carrega o vírus. Segundo a médica, Ana Escobar, essa medida é fundamental para que o vírus não se propague: “As pessoas que estão com dengue, zika, chikungnya e febre amarela devem usar repelentes também, pois elas são as fontes desses vírus. O Aedes aegypti quando pica as pessoas que estão com esses vírus, ele se contamina e aí ele vai picar outra pessoa e contaminá-la. Portanto, é importante quem está doente não

se deixar picar pelo Aedes e usar também repelentes. Estamos em uma época que essas doenças estão aumentando vertiginosamente e elas são muito graves. Por isso, temos que proteger todas as pessoas que estão ao nosso redor. Esse mosquito carrega vários vírus com alto poder de letalidade. Os números estão aí para mostrar que essa epidemia só tem aumentado em nosso país”, alerta.

 

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