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Lagoa da Prata é uma das cidades de MG que apontam problemas no consumo de crack

Segundo o “Observatório do Crack” divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), 32 cidades do Centro-Oeste de Minas têm índice médio e alto em relação a problemas ligados ao consumo de crack.

Conforme a assessoria da CNM, para realizar o relatório foram observados dados das áreas da saúde, educação, assistência social e segurança. No documento, Lagoa da Prata aparece com índice considerado médio, o que significa que a cidade possui problemas com a circulação da droga e que também enfrenta problemas relacionados ao consumo.

Entre as cidades da região, Arcos entrou com incidência alta do entorpecente, Japaraíba se enquadrou no nível médio e a cidade de Moema com índice considerado baixo para o crack. Já Santo Antônio do Monte não entrou no relatório por falta de dados.

O Jornal Cidade conversou com a secretária de Assistência Social de Lagoa da Prata, Cali Silva, e de acordo com ela, o setor atua através de vários serviços de prevenção ao uso de drogas. “Nos serviços de convivência são realizadas oficinas específicas com palestras e atividades de antidrogas com crianças de 6 a 15 anos, também é feito trabalhos preventivos nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) com grupos de famílias e jovens e adolescentes”, disse.

Em Lagoa da Prata, existem também casas de recuperação para dependentes químicos, e entre elas, está ativa na cidade há 30 anos a Fundação e Associação para Reintegração e Assistência Social a Viciados e Carentes (Farasvec). Nós conversamos com o diretor Carlos Castilho, que informou que o método da entidade é não usar medicamentos. Todo o processo de reintegração vem por meio de terapias, momentos de lazer, interação, orações e de bons livros.

Para Carlos, o objetivo da casa é ingressar novamente o dependente na sociedade e entregá-lo completamente diferente à família.

“Eu entendo que a partir do momento que a pessoa cai no vício desta droga, não só ela sofre, mas a família também. E eu sempre digo que o álcool é a porta de entrada para outras drogas, pois um abismo chama o outro”, relatou.

A casa conta com 22 internos e Carlos frisa que nenhum deles são involuntários, todos estão lá porque querem mudar. “As portas estão abertas e eles ficam voluntariamente”, disse ele.

Como funciona a Farasvec?

A Farasvec oferece um tratamento de nove meses ao dependente, em três etapas. Conforme relatou Carlos Castilho, o primeiro contato é com a família. “Primeiro converso com a família, explico como funciona a Fundação e logo em seguida converso com o dependente. O tratamento dentro da casa tem duração de nove meses; são três fases de três meses cada. E por eu frequentar a igreja evangélica, os levo para os cultos todos os domingos com o intuito de os ressocializar com a sociedade. Vale ressaltar que a Farasvec tem sua diretoria, na totalidade religiosa, mas é uma entidade que não tem vínculo direto com nenhuma religião”, comentou.

Além dos 22 internos da fundação, a diretoria da Farasvec também ajuda outros 12 internos que se enquadram na cota social do Governo Federal e por causa disso, precisam sempre de doações. “Vivemos de doações. Não cobramos nada de ninguém. Todos lá dentro estão comendo e se vestindo do mesmo jeito. Tudo é feito através de doações da sociedade”.

Os interessados em ajudar a Farasvec podem contatar o local, por meio do telefone (37) 3261-2547, ou no endereço do escritório na Avenida Brasil, 904 (em frente ao supermercado ABC).

Cidades do Centro-Oeste que também entraram no índice:

Formiga, Pains, Itapecerica, Cláudio, Carmo da Mata, Piumhi, Bambuí, Medeiros, São Roque de Minas, Bom Despacho, Martinho Campos, Leandro Ferreira, Conceição do Pará, Maravilhas, Onça de Pitangui, Pará de Minas, Itaúna e Carmo do Cajuru, Pitangui, Divinópolis, São Gonçalo do Pará, Nova Serrana, Arcos, Japaraíba, Luz, Abaeté, Cedro do Abaeté, Pompéu, Carmópolis de Minas, Oliveira e Camacho.

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