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Lagoa da Prata e Moema solicitam implantação do modelo cívico-militar nas escolas, mas demonstram dúvidas sobre programa

Modelo educacional ainda é vago e não expõe de modo claro como será a implantação.

Os alunos terão que usar uma farda e cortes de cabelos específicos(Foto: Ilustrativa).

Rhaiane Carvalho e Matheus Costa

 

Após o Estado de Minas Gerais se manifestar a favor da implantação do modelo cívico-militar nas escolas, a redação do Jornal Cidade procurou municípios da região Centro-Oeste MG, para saber quais participaram das inscrições. Lagoa da Prata e Moema se inscreveram na tentativa da adesão do sistema. Já Japaraíba, Santo Antônio do Monte e Arcos não fizeram a solicitação por não atenderem os requisitos necessários.

Durante conversa com o secretariado, o que chamou a atenção da redação foi que os municípios que fizeram a solicitação ainda não têm informações muito claras sobre o assunto e também não acreditam que as cidades possam receber o programa nas escolas municipais. Mas então, o que teria levado essas solicitações e a publicidade do projeto?

A redação procurou a secretária de Educação de Lagoa da Prata, Paulene Andrade, e ela afirmou que não aprofundou sobre o assunto, pois acredita que o município, se tratando de escolas municipais, teria chances mínimas de ser contemplado. “Sendo sincera, não aprofundei no assunto. A chance de Lagoa da Prata conseguir é muito pequena, já que vão ser apenas duas cidades de Minas Gerais. Se acontecer, será uma das escolas do Estado que será contemplada, e não escola municipal. Nós atuamos no âmbito das escolas municipais, então nós trabalhamos com crianças até o 5º, de até dez anos. Não é nosso público”, disse.

A redação também procurou a secretária de Educação de Moema Ednamar Assunção, porém, ela informou que não poderia falar por questões pessoais.

Mesmo as inscrições tendo sido feitas, o posicionamento das secretárias deixa claro que o projeto ainda é vago e não expõe de modo claro como será a implantação.

 

Modelo cívico-militar

O modelo cívico-militar nas escolas foi lançado em 5 de setembro pelo Ministério de Educação (MEC), mas apenas duas escolas do Estado, com requisitos necessários (como escolas com no mínimo 500 alunos que oferecem as aulas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental ou ensino médio e aceitação nas mudanças do perfil escolar), serão selecionadas para o modelo. Portanto, ainda será desenhado a forma que ele será aplicado caso alguma escola da região seja selecionada. Neste momento, a solicitação das escolas é apenas um levantamento para verificar a viabilidade.

Conforme o MEC, o projeto objetiva fomentar um novo modelo educacional que possibilite elevar o nível de aprendizado.  O Ministério dará preferência para escolas em situação de vulnerabilidade social e com baixos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). De acordo com o Estado de Minas, o Governo Federal prevê a implementação de 216 estabelecimentos de ensino com o perfil cívico-militar até 2023 (serão 54 por ano). As escolas indicadas receberão o projeto em formato piloto já no primeiro semestre letivo de 2020.

O MEC explicou ainda que o modelo irá abranger três áreas. A educacional que terá atividades para “fortalecer valores humanos, éticos e morais assim como incentivar a formação integral como cidadão”. A administrativa que terá ações dos próprios militares para melhorar a infraestrutura e organização disciplinar das escolas e a didático-pedagógica que terá atividades de supervisão escolar e psicopedagogia para melhorar o processo de ensino e aprendizagem.

Além disso, o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Jânio Carlos Endo Macedo, disse que os alunos terão que usar uma farda e cortes de cabelos específicos, o que torna o modelo um tanto polêmico.

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