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Julvan Lacerda, prefeito de Moema, avalia o 3º ano de governo

Lacerda explica que diante da crise não se pode contar com recursos do Governo, mas que com ajustes o município tem realizado obras e mantendo os pagamentos em dia

Formado em Direito e delegado licenciado, Julvan Lacerda finaliza o terceiro ano de sua gestão à frente do Município de Moema. Em entrevista exclusiva ao Jornal Cidade, o mandatário fala sobre as dificuldades que enfrenta como gestor municipal para driblar o cenário econômico que o país está vivendo.

Jornal Cidade: Qual é a avaliação que você faz nestes três anos que está a frente  do Município de Moema?

Julvan Lacerda:  Estamos tendo uma oportunidade um pouco diferente do que se viu lá atrás, pois quem administrou antes de nós pegou um momento de grande expansão industrial e comercial no país e isso gerou grandes arrecadações e os municípios foram beneficiados com muitos recursos. Para se ter uma ideia, nos últimos oito anos, antes de 2013 quando assumimos a prefeitura, o pior ano de arrecadação, em termos de valores consolidados,  daqueles oito anos ainda foi melhor do que  esses três que estamos vivendo. Então, estamos tendo que fazer mágica e ser muito criativos para poder administrar, pois as despesas só aumentam. As três principais despesas que o município tem são a folha de pagamento, gastos com combustível e energia elétrica, e todas elas sofreram aumentos sequenciais, principalmente nos últimos tempos. Nossas despesas cresceram e a receita não acompanhou esse crescimento. Estamos tendo que fazer malabarismo para honrar os nossos compromisso e ainda fazer investimentos.

Jornal Cidade: Quais as principais fontes de receita da cidade?

Julvan Lacerda: A cidade sobrevive basicamente dos repasses federais. O maior montante é o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e o ICMS (Imposto sobre Circulação  de Mercadorias e Serviços). Para nós, Moema está em um ponto que fica mais difícil ainda de administrar, pois recebemos o mesmo recurso de Japaraíba, que tem a metade de nossa população. Todos os municípios com até 10 mil habitantes recebem o mesmo valor. E como estamos próximos de 10 mil habitantes recebemos o mesmo percentual de Japaraíba, que tem 4 mil habitantes. Por exemplo, lá não tem hospital. A demanda de saúde, de educação e todas as outras são menores do que a nossa. E nós temos a mesma fonte de recurso. Diferente de outras cidades, Moema só tem essa fonte de recurso. Outros municípios têm a industrialização e um comércio mais forte. Nós dependemos basicamente dos repasses federais e estaduais.

Jornal Cidade: Quais ações o senhor pode citar que foram executadas em seu governo?

Julvan Lacerda: Ampliamos todos os serviços. Quando começamos, a nossa creche atendia 80 crianças, hoje ela atende 230. Tínhamos dois programas de saúde da família com um médico em cada um atendendo duas vezes por semana, hoje temos três equipes com médicos atendendo todos os dias da semana. Também não tínhamos especialistas na cidade e hoje temos algumas especialidades atendendo 100% gratuito. A frota da prefeitura foi toda renovada e isso gera uma demanda de mão de obra para operar essas máquinas e veículos. Aumentamos os serviços e diminuímos as despesas com uma gestão eficiente. O serviço público é para servir o coletivo. Pagamos nossas contas e fornecedores em dia. Essa é a primeira vez na história da cidade que nós pagamos o 13º salário na primeira quinzena do mês e vamos pagar o mês de dezembro antes do Natal.

Jornal Cidade: A população de Moema sempre pediu a ativação da Delegacia de Polícia e vocês conseguiram atender essa reivindicação. O que mudou lá desde a instalação da Delegacia?

Julvan Lacerda:  Há um tempo atrás o Governo do Estado extinguiu todas as delegacias de municípios que não fossem sede de Comarca, e assim, 43 cidades de Minas Gerais foram afetadas, dentre elas, Moema. Eu lutei e corri atrás. Hoje, temos lá um quadro funcional efetivo para prestar serviços, com escrivão, investigador, funcionário de carreira da parte administrativa, estagiária e viatura. Tudo isso sem inaugurar oficialmente o local, que está passando por uma reforma estrutural em sua parte física.

Depois que a delegacia voltou a funcionar diminuiu bem o número de assaltos e crimes, que antes nem estavam sendo apurados devido à falta de estrutura. Hoje, com a sensação de investigação e punição a população se sente mais segura, e aqueles que pretendem cometer algum crime já sabem que terá alguém para investigar e tomar as devidas providências.

Jornal Cidade: E para 2016, quais ações estão previstas para serem executadas pelo Governo de Moema?

Julvan Lacerda: Diante da crise que o país está vivendo não temos como contar com recursos extras como pudemos fazer em outros tempos, mas já estamos colhendo frutos de alguns projetos. Já estamos com um terreno e toda infraestrutura para colocarmos em prática o programa “Minha Casa, Minha Vida”, estamos com alguns convênios celebrados para dar apoio aos produtores rurais e outros para pavimentações de ruas, de reforma de escola, de conclusão de obras, vamos inaugurar um Unidade Básica de Saúde com apoio do Núcleo de Assistência Sociofamiliar (NASF) e que trará serviços mais especializados para a população (Educação Física, Nutrição, Psicologia e Psiquiatria), será um PSF mais avançado.

Jornal Cidade: Obrigado pela entrevista. O espaço está aberto para as suas considerações finais ao leitor do Jornal Cidade.

Julvan Lacerda: Agradeço primeiramente a Deus por me dar a vida para enfrentar as lutas do dia a dia. Agradeço à minha equipe que tanto me auxilia na execução dos trabalhos e a todo cidadão moemense por confiar e acreditar que nós podemos fazer um trabalho melhor para a cidade. Desejo a todos um Feliz Natal e que a luz do Menino Jesus possa nascer no coração de todos. Que 2016 seja um ano de vitória, clareza na consciência, luta, trabalho e união”.

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