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José Antônio – O passeio na prainha

Em meados de 1984 a rapaziada do bairro Dom Bosco andou bebendo umas pingas e vinhos num domingo. E assim deu na nossa ideia de ir para a prainha de Pedra do Indaiá, e nisso apareceu o pato do Zé Grande, irmão do macuco,  do Tõe Carlos da fogos Globo com uma Kombi “veia” azul desbotado,  de pneus lisos  e motor fundindo , oferecendo carona pra “nóis”, mas a gente tinha que botar o combustível.  E assim fomos fomos nós  todos chapados.  Com a gente tava  o saudoso Beto do Tõe  Ribeiro, Célio pica-pau, enfim, era uma turminha boa.

Chegando na prainha tinha pagar, e os cobrinhos que a gente tinha já havia sido investido na gasolina. Mas, ainda assim fizemos uma vaquinha e conseguimos entrar na danada da prainha.

Eu era cabeludinho, das perna branca   e usava aqueles “carçãozinho de seriguia” feito de saco da usina de açúcar de Lagoa da Prata.  O dinheiro “tava” pouco, mais ainda sim dava pra beber mais um pouquinho, só que lá na prainha tem uma pedra que desce um tanto de água  e o pessoal usa como escorregador. E o lugar de subir era pela lateral, só que eu não sabia, e veio um lá de cima e me arrastou. Eu desci rolando e ainda quebrei dois dentes na laje.

E ali eu já tinha perdido a graça no trem, e quando eu cheguei perto da Kombi eu vi  o Beto do Tõe Ribeiro com o olho inchado. Ele tinha tomado um murro no olho. Daí olhei para o Pato do Zé Grande, e ele também “tava” com o rosto meio inchado porque tinha tomado uns “supapos” de um rapaz que achou que eles estavam mexendo com a namorada deles.

Como a gente não tinha dinheiro pra ficar lá, nós viramos um cisco para trás. Empuleiramos nesta Kombi e voltamos. Mas, quando estávamos  voltando, já perto do antigo bairro Minas Caixa, onde hoje é o Parque de Exposição, mas antigamente era muito longe; e a danada da gasolina havia acabado. E “nóis queria” bater nesse Pato, porque cada um tava machucado de um jeito e sem gasolina pra chegar em casa. Mas o Pato mandou a gente descer porque a mulher dele “tava” chegando e era brava. Segundo ele, quando ela pegava pra bater o trem era feio. E aí passamos pelo bairro Sinhá Linhares, pelo bairro São Geraldo e chegamos no Dom Bosco, que fica perto da saída para Lagoa da Prata.

Resultado, nós gastamos todo o dinheiro, apanhamos  e eu ainda saí com o dente quebrado, sem contar que depois descobrimos que o Pato tinha passado “nóis” para trás, a danada da gasolina não tinha acabado, e ele queria era andar de graça por uma semana nas nossas custas. Passeio igual a esse nunca mais.

José Antônio – Locutor da rádio Samonte FM E- mail: bandeirantes@isimples.com.br
José Antônio – Locutor da rádio Samonte FM
E- mail: [email protected]
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