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José Antônio – As galinhas do “Sô Tôe Américo”

Quando eu era menino, trabalhei na fazenda do saudoso Totonho Luiz, pai do Joãozinho da Padaria, pai da Dra. Marlene dentista, pai do Zé Luciano, da Marli, da Marlene. A fazenda dele era seguindo para Lagoa da Prata.

De lá, eu saía cedo conduzindo a carroça e um burro e uns 150 litros de leites. Eu seguia para a cidade e entregava o leite na Nestlé, hoje Copersam.  Deixando o leite na Nestlé, eu descia à casa do Sr. Totonho Luiz, que era ali próximo à cadeia, a saudosa Dona Aparecida – irmã do saudoso Delfino da Rodoviária, o famoso “páia roxa” – já ‘tava’ preparando um panelão de almoço para eu levar para roça para os peões almoçarem.

Nesse meio tempo eu tinha que esperar a Dona Aparecida preparar a panela de almoço para a turma. E o João (João do Totonho Luiz) tinha me pedido: “Ô Zé Antônio, ‘cê’ chegando na minha mãe, vai pular o muro, pular no meu quintal. Tem um galinheiro lá, daí você pega duas galinhas e traz para a roça junto com almoço! Você pega a galinha carijó e a garnizé!”.

E assim eu fiz. Quando eu fui pegar as duas galinhas, saíram três do galinheiro e voaram para o quintal do vizinho e eu voei atrás. O vizinho era o saudoso Sr. Antônio do Américo (pai do Américo vereador). Eu dei uma cambota no quintal do Sr. Antônio Américo atrás da galinha. Ele também tinha um galinheiro e as galinhas se misturaram. Virou aquela mexida no terreiro! Nisso, o Sr. Antônio Américo ao ver aquele mexida não me reconheceu e veio atrás de mim. Ele atrás de mim e eu atrás das galinhas! Eu estava passando um aperto danado!

Eu não tinha como explicar para ele que eu estava pegando as galinhas do João do Totonho Luiz. O Sr. Antônio achou que eu estava era roubando as galinhas dele. Teve uma hora que ele me acertou uma abordoada nas costas com um porrete. Não dei conta de pular o muro, até  que driblei ele, entrei na porta da cozinha e fui para a rua.

Cheguei na casa da Dona Aparecida e ela me perguntou: “Por que você está desse jeito, Zé Antônio, com esses calombos roxos? Cadê as galinhas do João?”

Eu disse: “Não sei. Eu vou é embora para roça. Arruma o almoço aí para nós”.

Fui para a roça. Eu, a carroça e o burro. Era estrada de chão. Chegando na roça do Sr. Totonho Luiz novamente com a panela do almoço (eu já tinha assaltado uns pedaços de carne da panela no caminho), fui explicar o que aconteceu com as galinhas. Até que eu consegui explicar que focinho de porco não é tomada, eles riram demais. Aí o Totonho e o João conversaram com o Sr. Antônio Américo. O trem virou um rebuliço danado.

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