O evento reuniu 121 pessoas e teve o objetivo de evangelização e formação de novas lideranças para a Igreja Católica
Jovens católicos de Lagoa da Prata fizeram no último final de semana o 1º Encontro Escalada de Lagoa da Prata. O evento foi realizado de 11 a 13 de dezembro no alojamento da usina, na região do rio Jacaré. Participaram do encontro pessoas de 19 a 30 anos e de acordo com o pároco Padre Patricky Samuel Batista, essa foi uma oportunidade de evangelização para os jovens que já passaram pelo Encontro de Adolescentes com Cristo (EAC) e pelo Movimento da Amizade Cristã (MAC), dentre outros grupos da igreja, e hoje não participam porque ultrapassaram a idade permitida.
O evento reuniu 121 pessoas. “Nosso objetivo foi oferecer para os nossos jovens a possibilidade de ter um encontro com Deus. O movimento foi originado em Piumhi/MG e o trouxemos para Lagoa da Prata. A dinâmica envolveu mais o encontro pessoal com Cristo e o desejo de formar lideranças para a igreja e para a comunidade. Tivemos também o objetivo de formar um bom cristão”, afirmou o pároco.
A ideia de trazer o encontro Escalada para Lagoa da Prata foi do próprio Padre Patricky, que visou atender jovens que não participavam de nenhum movimento da igreja. “Tive a oportunidade de vivenciar o encontro em minha cidade, que é Piumhi, e então vi que podíamos trazê-lo para Lagoa da Prata. Foi um momento de graça para nós. Convidei alguns casais, que já são envolvidos com a igreja, para que se tornassem padrinhos do evento e me ajudassem nessa missão. Escolhemos o nome Escalada por esta ser de fato uma escalada para o céu”, destacou.
Patricky explica que a programação do encontro é mantida em sigilo. “É para que as pessoas tenham surpresas ao participarem. Em suma, tivemos um momento de oração muito forte, palestras que ajudam no relacionamento com a família, igreja e amigos. Os participantes foram repartidos em grupos durante todo o retiro, e esses, vão sustentar a caminhada”, disse.
Para o padre, iniciativas como a Escalada ajudam os jovens na perseverança nos caminhos da igreja e fortalecimento das famílias. “Pretendemos fazer mais vezes este encontro. Se a gente quer algo de fato que vá transformar as nossas vidas, tem que ser bem feito. No fundo, a gente vê a mão de Deus, que não nos deixa faltar nada para realizarmos missões assim. Temos que ajudar os jovens a pertencer à igreja, mas temos que pensar na família como um todo”, destacou.
O pároco também destacou que a família é uma prioridade na igreja. “O jovem está dentro de uma família. Na preparatória para o encontro há também o contato com as famílias, na chegada do encontro há uma fala diretamente para os pais. O nosso desejo, como igreja, é ajudar de fato as famílias a viverem a sua verdadeira vocação, e talvez, esse seja o nosso maior desafio hoje. E qual é a vocação da família? Ser de fato essa referência, esse porto seguro, esse ninho na transmissão dos valores e da fé. Se a gente olha a realidade do mundo temos muitas opções que podem distrair os jovens do caminho de Deus. Faço um apelo para que as famílias não se descuidem da educação na fé de seus filhos e que saibam priorizar o testemunho de vida. As crianças e jovens aprendem muito mais com os olhos”, afirmou.
Depoimentos dos Alpinistas (nome dado aos participantes do encontro)
Ana Luíza Santos Amorim, 19 anos – “Eu estava no MAC e já não podia continuar por causa da idade. O padre me convidou e participei. Fui por amor e por engajar em outro movimento. O encontro só trouxe coisas positivas, foi maravilhoso, o relacionamento com os meus pais melhorou e minha fé amadureceu muito. O encontro é muito tocante e ainda fiz muitos amigos. Encontros assim nos faz perseverar na fé”.
Gustavo Duarte, 22 anos – “Estava no MAC, mas tive que sair do movimento por causa da idade. Então recebi o convite de participar do encontro. E o resultado da minha participação não poderia ter sido melhor. No período em que eu saí do MAC até participar do Escalada, eu me afastei muito da igreja. A minha reaproximação da igreja e o crescimento foram resultados do encontro”.
Padrinhos e madrinhas dos alpinistas
Moacir Gomes, 61 anos – “Aceitei de coração aberto. Para mim, eles são os meus filhos adotivos. Já fiz diversos encontros, mas esse foi mais profundo. Trabalhar com os jovens foi excelente. Fiquei preocupado, mas não foi um desafio, foi maravilhoso“.
Angélica Barreto dos Santos Gomes, 52 anos – “Esse encontro foi um desfio muito grande. Quando eu acordei no sábado e vi o tamanho da missão que nós pegamos, me surpreendi. O encontro foi excelente, surpreendeu até a nós que estamos acostumados”.
Pierre Modesto, 42 anos. – “Quando recebemos uma missão dada pelo nosso sacerdote, não devemos falar não. Os jovens estão cheios de vontade de mudar a vida, mudar o mundo. Foi uma oportunidade de crescimento tanto para nossos jovens, quanto para nós”.
Silvana da Silva Modesto, 38 anos – “Encaramos esse primeiro encontro com um grande desafio. Estamos apadrinhando os meninos, porém, são pessoas que caminham junto com a gente. O resultado do encontro superou nossas expectativas. A partir de agora, a nossa missão é ainda maior”.
Patrícia de Freitas Gontijo, 38 anos – “Ver a profundidade espiritual do encontro foi impactante. Deus colocou os padrinho certos na hora certa. Trabalhamos muito e foi cansativo, mas trabalhamos em sintonia, todos vestiram a camisa, e o resultado esta aí, foi fantástico”.
Anderson Eustáquio Gontijo, 40 anos – “A experiência foi muito boa, não só para os jovens. Aprendemos muito com eles e com as atividades que tivemos. Ficamos muito entusiasmados com essa situação, é motivador. Todas as pessoas têm suas obrigações, mas pensem quando receberem um convite, deixem que o Divino Espírito Santo aja em seu coração. Esse não é um encontro, é ‘o’ encontro”.